Opinião

Maranhão de atrações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Em se tratando de turismo, o Maranhão, ao que tudo indica, é a bola da vez como um dos destinos mais procurados do Nordeste do país, de acordo com a terceira edição do Boletim Mensal da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). São Luís, a capital maranhense, cresceu nas buscas, despontando no ranking das vendas de agosto. A pesquisa aponta que a capital maranhense tem crescimento constante desde junho.

Além de suas atrações culturais, a ampla vacinação contra a pandemia de Covid-19 na população é, sem dúvidas, um dos motivos que atraem turistas para São Luís e a região dos Lençóis Maranhenses. Com frequência celebridades nacionais, como o ator e apresentador Márcio Garcia e família; as atrizes Cláudia Raia e Sheron Menezes; os atores Sérgio Malheiros, Guilherme Piva, Guilherme Weber; chef Lucas Corazza, além das digitais influencers Sarah Poncio e Patty Leone, fazem opção pelo Maranhão.

Não custa lembrar que no Maranhão, existe o maior quilombo urbano do Brasil. Estas e outras curiosidades são o pontapé para muitas histórias que vêm à tona em passeios guiados focados na herança afro-brasileira, cada vez mais comuns em todo o país.

O afroturismo tem ampliado seu espaço. Comandados por pessoas negras, esses tours e experiências contam, ou recontam, a história dos lugares a partir de suas perspectivas e memórias, ajudando a revelar um passado muitas vezes camuflado. Novos roteiros estão prontos para serem lançados, como o Quilombo Cultural, desenvolvido pela Secretaria municipal de Turismo de São Luís do Maranhão e previsto para 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra.

O Quilombo Urbano da Liberdade é formado por quatro bairros próximos ao Centro (Liberdade, Camboa, Vila Goreth e Fé em Deus) povoados por pessoas de regiões do interior com forte influência afro-brasileira, e que levaram consigo suas crenças e manifestações culturais.

O roteiro passará por terreiros de Tambor de Mina, uma religião de matriz africana tradicional do Maranhão, bares de reggae, barracões de bumba meu boi e grupos de tambor de crioula, entre outros. Poderá ser feito por conta própria ou com agências.

O certo é que as potencialidades turísticas do Maranhão não param de ser descobertas. No setor de ecoturismo, o jornal Diário do Turismo, com matéria de Patrícia de Campos, divulga que a Ilha do Gato, no município de Humberto de Campos, é o paraíso do Peixe Boi. Esses grandões, com olhar doce, brincalhões e que podem chegar a pesar até 300Kg.

A importância desse mamífero é tanta para o ecossistema local e regional que, em 2017, foi instituído o Festival de Preservação do Peixe Boi do Povoado da Ilha do Gato”, que acontece no primeiro fim de semana do mês de setembro. Mesmo assim a população é pequena, contando com cerca de 500 animais, espalhados pela região da Resex Baía de Tubarão, que se encontra totalmente dentro dos limites da APA Estadual Upaon Açu-Miritiba-Alto Preguiças, e que os coloca na lista de animais em perigo de extinção.

A Ilha do Gato tem apenas 300 habitantes, que vivem da pesca do camarão, sururu, caranguejos e peixes e não tem qualquer infraestrutura para receber turistas, mas recebem os “forasteiros” com o acolhimento típico do norte e nordeste do nosso país.

Conforme a publicação, mesmo não havendo operações regulares para o avistamento do Peixes Boi, é possível contratar um barco no porto de Humberto de Campos. A distância até a ilha é de 30Km, percurso feito em aproximadamente meia hora. A partir daí é só aproveitar o que a natureza praticamente intocada, nadando nos igarapés, passear pelos manguezais que guardam árvores com até 25 metros de altura, observando os guarás e aguardando o visitante ilustre, para nadar com ele, fazer foto ou só mesmo observar.

O destino ainda não é explorado turisticamente, o que garante ao visitante conhecer um local ainda “virgem”, com toda sua riqueza natural, porém não espere encontrar nenhum hotel com mais de 2 ou três estrelas.

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