Pesquisa

Maranhão é quase o último em cobertura vacinal contra o HPV

Cobertura representa 70,8% da população de meninas em idade de vacinar; no caso dos meninos, a cobertura é igual a 47,5%

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Enquanto a cobertura vacinal em meninas fez o estado cair para o 25º lugar, a dos meninos está em 15º
Enquanto a cobertura vacinal em meninas fez o estado cair para o 25º lugar, a dos meninos está em 15º (vacina HPV)

São Luís – O Maranhão está no 25º lugar entre os 27 estados do país, no quesito cobertura vacinal contra o Papiloma Vírus (HPV) em meninas, com 70,8%. O HPV é um vírus que infecta a pele ou mucosas oral, genital ou anal, das pessoas, provocando verrugas anogenitais e câncer, a depender do tipo de vírus. Se trata de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019 que entrevistou estudantes do 7º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.

Em 2019, os resultados da PeNSE indicaram que 76,1% das meninas de 13 a 17 anos foram vacinadas, o que representou um aumento expressivo na comparação com os resultados de 2015, quando 48,9% das escolares nessa idade informaram terem sido imunizadas.

Em 2014, o Ministério da Saúde introduziu no Plano Nacional de Imunização a vacina contra HPV. Inicialmente a vacina foi ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as meninas com idade entre 11 e 13 anos. A partir do ano de 2015, a cobertura vacinal foi ampliada para as meninas com idade de 9 a 13 anos. Em 2017, a campanha de vacinação contra foi passou a atender meninas de 9 a 14 anos e também os meninos de 11 a 14 anos.

O estudo, divulgado no último dia 10 de setembro, levantou informações em vários aspectos da vida escolar, desde saúde mental até vacinação contra o HPV. Inclusive, O Estado publicou, recentemente, reportagem com dados da pesquisa, apontando que os adolescentes maranhenses são os menos tristes do país, já que ficaram bem colocados em todas as categorias sobre o tema.

Meninos
Entre os meninos, o percentual de cobertura vacinal contra o HPV foi de 49,1%, sendo o maior percentual observado no estado do Paraná (57,3%) e o menor no Acre (37,6%). Os resultados da pesquisa indicaram ainda que quase não havia diferenciação acerca do percentual de vacinação entre escolares da rede pública e privada.

No caso do Maranhão, o percentual ficou em 47,5%, ocupando assim a 15º posição entre as outras unidades federativas do Brasil.

O Estado entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para colher mais informações sobre a cobertura vacinal contra o HPV no Maranhão em meninas e meninos, além de buscar explicações para a baixa adesão da campanha no estado, mas até o momento de fechamento desta edição, não obteve respostas.

SAIBA MAIS

Transmissão do Papiloma Vírus

De acordo com o Departamento Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, a transmissão do Papiloma Vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto.

Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo.

Quem pode tomar a vacina?

A vacina contra HPV faz parte do Calendário Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS) e está disponível em todas as unidades de saúde do estado durante todo o ano. Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é ampliada até os 26 anos e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.

NÚMEROS

  • 70,8% de cobertura vacinal em meninas
  • 47,5% de cobertura vacinal em meninos

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