Cobertura abaixo da expectativa

Procura pela vacina HPV em São Luís é considerada baixa

De acordo com o Ministério da Saúde, no país, só 13% dos meninos tomaram a segunda dose

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Há vacina, mas procura pela imunização ainda é tímida em postos
Há vacina, mas procura pela imunização ainda é tímida em postos (HPV)

A procura pela vacina HPV na capital maranhense é considerada baixa em boa parte dos postos. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), até segunda-feira (10) - data da última atualização da campanha - apenas 20% do público-alvo (meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos) havia sido protegido. Para reforçar a importância da aplicação das doses, o Ministério da Saúde (MS) deverá intensificar, nos próximos dias, ações de conscientização em todo o país.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), na capital, até agora, o quantitativo de pessoas vacinadas é de 4.300 meninas e 3.353 meninos, totalizando 7.653 doses aplicadas. A SES comunicou ainda que, em 2018, 96.964 doses foram aplicadas, e esclarece que os dados da cobertura para os meninos ainda estão sendo consolidados.

O Estado esteve ontem (10) em algumas unidades e constatou que o movimento é considerado pequeno de meninos e meninas enquadrados no público-alvo da campanha. Ainda de acordo com a pasta federal, apenas 13% dos meninos, por exemplo, procuraram os postos para tomar a segunda dose da vacina e, desta forma, estarem imunes à doen­ça. Segundo orientação do MS, é necessário que meninos e meninas tomem, pelo menos, duas doses da vacina em um intervalo de 180 dias entre uma e outra aplicação.
No Centro de Saúde do Bairro de Fátíma, apenas cinco jovens procuraram o local ontem (10) em busca de vacina. O que deveria ser um dia de grande demanda se transformou em um expediente de baixo atendimento para o público HPV no local. “Normalmente, deveria ter um público maior em um dia como segunda-feira, ou seja, um dia em que as pessoas aproveitam para resolver suas coisas que ficaram pendentes durante a semana anterior. Não foi o que aconteceu por aqui”, disse Eslen Mendes, enfermeira do CS Bairro de Fátima.

O Estado permaneceu na unidade de saúde por meia hora (de 15h às 15h30 de segunda-feira, 10). No período, nenhum adolescente apareceu no setor de imunização interessado na vacina contra o HPV. A situação é semelhantes na Unidade de Saúde do Itaqui-Bacanga. No posto, também houve baixa procura durante o dia.

Tática
Para minimizar a baixa cobertura, a direção do Centro de Saúde do Bairro de Fátima tomou uma medida criativa. Quem procurava a unidade para o reforço contra o sarampo (outra campanha de conscientização em andamento do MS) era orientado a to­mar a vacina contra o HPV, desde que estivesse enquadrado no público-alvo. “Foi uma forma que encontramos para aproximar nossa meta, que ainda está longe de ser cumprida”, frisou Eslen.

Em todos os postos de São Luís, é possível encontrar grande estoque de vacina contra o HPV. “Ou seja, neste caso, não há nem aquele fator de que está faltando a vacina nos postos”, afirmou Eslen.

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