Segurança Pública

Operação Alferes resulta na prisão de PMs, em Grajaú

Ação da Polícia Civil e Gaeco, no Maranhão e Paraná, visou coletar provas sobre tentativa de homicídio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
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. (operação)

Maranhão - Dois policiais militares foram presos durante a Operação Alferes, deflagrada no último dia 29, em Imperatriz, Grajaú e no interior do Paraná. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Polícia Civil, com o objetivo de coletar mais provas sobre uma tentativa de homicídio ocorrida no município de Grajaú.

O crime continua sendo investigado pela Polícia Civil, com apoio do Ministério Público. No dia 29, os policiais, de posse de ordem judicial, prenderam três pessoas, em Grajaú. A polícia informou que entre os presos há dois policiais militares. Foram apreendidos quatro armas de fogo, sem o devido registro e permissão, celulares e vários documentos, no decorrer das incursões, em Imperatriz e no interior do Paraná.

Os presos foram levados para a delegacia da cidade, onde prestaram esclarecimentos sobre o caso e devem ser transferidos nos próximos dias para o presídio militar, em São Luís, onde vão ficar custodiados à disposição do Poder Judiciário. A operação foi realizado para coletar mais elementos que vão subsidiar o trabalho investigativo sobre a tentativa de assassinato ocorrida em Grajaú.

Morte do médico
O assassinato do médico Bruno Calaça Barbosa, de 24 anos, continua sendo investigado pela equipe da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas (DHPP). O crime ocorreu no último dia 24 em uma casa de eventos, em Imperatriz. O delegado Praxísteles Martins, que coordena a investigação, declarou na sexta-feira, 30, que está no aguardo do resultado de exames periciais a que o suspeito do crime, o soldado Adonias Sadda, foi submetido, no Instituto de Criminalística (Icrim) de Imperatriz.

Praxísteles Martins contou que Adonias foi preso na noite do dia 27 deste mês e foi ouvido na sede da DHPP. O soldado disse que o tiro que matou o médico foi acidental e que teria sido chutado pela vítima, com o objetivo de desarmá-lo. “O policial militar alegou que levou um chute no braço e apresentou um machucado. Então, a polícia encaminhou o soldado para fazer um exame de corpo delito, com o propósito de certificar a origem do hematoma, mas as imagens da casa de eventos, que já foram periciadas, não mostram ocorrência de nenhum chute do médico”, explicou o delegado.

Ele também afirmou que a polícia, além de aguardar resultado de exames periciais, continua realizando oitivas com as testemunhas, com o propósito de identificar a real motivação do assassinato. Logo após, o inquérito vai ser encaminhado para o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Praxísteles Martins disse que o assassinato foi filmado e postado nas redes sociais. As imagens mostram que o médico discutiu com duas pessoas. Logo após, essas pessoas se aproximaram do policial militar. Minutos depois, Adonias efetuou um tiro no peito do médico, que morreu no local.

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