Editorial

Recuperando crédito

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15

Muitos brasileiros ainda sentem o impacto em suas finanças causado pela pandemia de Covid-19 e ficaram sem condições de pagar dívidas. Faturas atrasadas e, como consequência, com o passar dos meses uma dívida maior. Esse é um drama conhecido e realidade para mais de 62,6 milhões que estão inadimplentes no país, segundo o levantamento mais recente da Serasa.

Com a melhora da atividade econômica surge uma boa notícia: os brasileiros que possuírem dívidas poderão negociá-las por até R$ 100 através da campanha Limpa Nome do Serasa. A ação ocorre durante o mês de julho, mas há possibilidade de prorrogação. Ao todo, 24 empresas de diversos setores participam da campanha e oferecem descontos que chegam a 99%. E quando as dívidas saem do controle, o jeito é respirar fundo e renegociar.

A campanha lançada terça-feira, 19, visa estimular as pessoas que buscam sair da inadimplência e, quem sabe no futuro, voltar a ter crédito no mercado, ter uma perspectiva melhor. A ação vai oferecer R$ 12 bilhões em descontos aos consumidores, que por meio da renegociação darão um grande passado para reequilibrar o orçamento.

Segundo o “Mapa Inadimplência no Brasil”, o valor médio das dívidas por cidadão devedor é o mais alto dos últimos doze meses, chegando a R$ 3.937,38. No ano passado, segundo o Serasa, o Programa Limpa Nome fez com que seis milhões de dívidas fossem pagas.

Para participar da ação, o interessado deve acessar o site do programa e se cadastrar. Quem preferir pode se cadastrar pelo celular no aplicativo que está disponível para celulares Android e iOS, pelo telefone 0800 591 1222 ou pelo WhatsApp, através do número (11) 99575-2096.

Uma outra boa notícia é que com a queda de internações por Covid-19 nas UTIs devido ao avanço da vacinação, estados e municípios estão retomando as cirurgias eletivas e consultas especializadas no SUS, que foram suspensas durante a pandemia. Mas, segundo gestores de saúde, o momento ainda exige cautela em razão do avanço da variante delta e do aumento das aglomerações em todo o país. Em 2020, ao menos 1 milhão de cirurgias não urgentes foram suspensas na rede pública de saúde. Nos primeiros meses de 2020, as internações chegaram a cair 30% e as consultas especializadas 64%.

A retomada desses procedimentos deve ser oficializada em assembleia do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde) prevista para o próximo dia 28. Alguns, estão retomando de forma escalonada e com critérios de prioridade. Na reunião também deverá ser discutida a liberação de R$ 350 milhões para essas cirurgias. O recurso já foi aprovado pelo Ministério da Saúde.

Muitos pacientes não procuram o sistema de saúde por receio da contaminação. Agora, quando a população começa a sentir que está imunizada, que todo mundo já tomou pelo menos a primeira dose, deverá ocorrer uma procura muito grande nas unidades de saúde. Segundo o Conass, os estados ainda estão levantando qual a demanda reprimida e como ela será absorvida na rede pública a partir dos próximos meses. Porém, a preocupação com a pandemia ainda está no horizonte.

E o planeta acompanhou ontem o feito histórico proporcionado por Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo. Na companhia de mais três pessoas, o fundador da Amazon, embarcou na maior aventura que o dinheiro já pode comprar: viajar ao espaço. O voo, que foi concluído com sucesso, ocorreu com o foguete New Shepard, de sua empresa Blue Origin, que decolou de um deserto no oeste do Texas. A corrida espacial está acirrada.

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