Crime

ONU abre investigação sobre violações de direitos humanos em Gaza

Alta comissária dos Direitos Humanos da ONU, Bachelet já havia dito que ataques israelenses poderiam ser classificados como ''crimes de guerra''

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
243 pessoas morreram por conta dos bombardeios
243 pessoas morreram por conta dos bombardeios (Gaza)

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou, na quinta-feira, a abertura de um inquérito internacional sobre as possíveis violações dos direitos humanos de Israel no território palestino durante os bombardeios contra a Faixa de Gaza ocorridos entre os dias 10 e 20 de maio.

A resolução foi aprovada por 24 votos a favor, nove contrários e 14 abstenções. O Brasil está entre as nações que se abstiveram da votação, junto com países como Dinamarca, França, Itália, Japão, Holanda, Coreia do Sul e Ucrânia. Reino Unido, Alemanha, Áustria, Uruguai, Bulgária, Camarões, República Tcheca, Malawi e Ilhas Marshall foram contra.

O documento aprovado ainda pede que sejam averiguadas "todas as causas profundas das tensões recorrentes (...), como a discriminação e a repressão sistemática baseadas na identidade nacional, étnica, racial ou religiosa".

"A impunidade antiga e sistemática mina todos os esforços para alcançar uma solução justa e pacífica", aponta a resolução.

Mais cedo, a alta comissária dos Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, havia dito que os bombardeios realizados por Israel na Faixa de Gaza poderiam ser classificados como "crimes de guerra".

"Se for verificado que o impacto sofrido por civis e seus bens materiais foi indiscriminado e desproporcional, esses ataques podem se constituir como crimes de guerra", disse Bachelet durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos.

Ainda de acordo com a chilena, apesar de o governo de Tel Aviv afirmar que os prédios atingidos em áreas de população civil abrigavam o que Israel chama de "terroristas do Hamas", o país "não apresentou provas a respeito". Bachelet ainda lembrou que diversas das estruturas atingidas por bombas "eram edifícios governamentais, casas, edifícios residenciais, de organizações humanitárias, instalações médicas e estradas".

Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, 243 pessoas morreram por conta dos bombardeios, incluindo 66 crianças. Foram registrados, também, mais de 2.000 feridos. Já do lado israelense, 12 pessoas morreram – dentre elas, uma criança.

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