Novos tempos...

Um jornal que faz parte do cotidiano: mudanças e atual conjectura de O Estado

Profissionais comprometidos e competentes foram marcantes na história e consolidaram, com suas dedicações, a marca de um jornal que se reinventa, sendo referência como o mais importante da imprensa maranhense

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Pergentino Holanda tem orgulho de fazer parte da história de O Estado e permanecer até os dias atuais
Pergentino Holanda tem orgulho de fazer parte da história de O Estado e permanecer até os dias atuais (PH)

São Luís - O jornal que é “resultado da união das inteligências e das culturas dos seus Fundadores Doutores Bandeira Tribuzi e José Sarney, que são conhecidos e aplaudidos pelo povo”, como cita José Carlos Sousa Silva. Uma síntese ideal da história e marca de O Estado Maranhão nestes 62 anos. O resultado da antevisão da parceria Sarney/Tribuzi foi a construção do jornal mais importante da imprensa maranhense.

José Sarney e Bandeira Tribuzi não foram os únicos responsáveis pela consolidação da marca e crescimento de O Estado perante os seus leitores. É preciso que, em uma data tão importante, outras pessoas sejam lembradas, como Biné (diretor-administrativo e comercial) Chagas (economista), Pedro Costa, Ivan Sarney, o cronista Neiva, Jomar Moraes, Evandro Sarney, Lucy Teixeira, Josué Montello, José Louzeiro, Madeira, Pergentino Holanda, Ubiratan Teixeira e tantos outros (mais recentemente Décio Sá, que carregou o selo da credibilidade profissional e do jornal e que fora brutalmente assassinado em 2012).

Tantos outros nomes foram marcantes e consolidaram, com suas dedicações, a marca de um jornal que se reinventa. Pessoas como Cordeiro Filho, José Ribamar Cardoso (profissional que exerceu diversas funções, desde diagramador à colunista, passando por fotógrafo à repórter e, mais recentemente, editor de Polícia), Fernando Almeida, José Carlos Sousa Silva, Alfredo Menezes (uma das tantas vítimas da Covid-19 que faleceu em junho de 2020 e grande nome representativo em especial do esporte amador) e Edivan Fonseca também fizeram parte desta história.

Outros menos conhecidos como Joina, Martins, Edson Cantanhede, Salim, Geiza representam àqueles que fizeram um dia ou fazem parte de um setor que cuida dos mínimos detalhes: desde a revisão, passando pela formatação na página à revisão final. E quem passou não se esquece dos bons tempos, como Ironara, Érika, Flávia Lopes, Sílvia Moscoso, Rubenita, Poliana, André, Jock, Thamirys, Yane, Roberta Gomes, Itevaldo, Marco d´Eça, Saulo Mclean, Cezar Scanssette, Wilson Lima e Leandro Santos.

A marca do jornal é daquele que se adapta aos tempos modernos, que aprecia a arte de leitores que, há décadas, se sentam em suas salas ou cadeiras para, matinalmente, degustarem um bom conteúdo. O exemplo era, sem dúvida, o querido “Seu Braga”, outra vítima da Covid-19 e que faleceu no início deste mês. Morador do Apeadouro, “Seu Braga” – figura conhecida do cotidiano – tinha 87 anos e se sentava confortavelmente em sua cadeira de “macarrão” para ler as páginas de O Estado.

A atual equipe também conduz com empenho, dedicação e, principalmente, compromisso com a informação mais apurada e abrangente. Casos de Clóvis Cabalau, Selma Figueiredo, Ademir Santos, Daniel Matos, Mário Reis (neste momento, o “decano” da redação) Bruna Castelo Branco, Eduardo Lindoso, Márcio Henrique, Evandro Júnior, Carla Lima, Gilberto Léda, Ronaldo Rocha, Socorro, Ismael Araújo, Ribamar Cunha, Ana Coaracy, Thiago Bastos, Zé Filho, Wellington, Étia Vale e a geração ainda mais jovem, representada por Kethlen Mata e Bárbara Lauria, que se somaram com competência aos mais antigos colaboradores. E ainda não se deve esquecer da empenhada equipe comercial, capitaneada pela profissional respeitada Madelon Araújo e dos Classificados.

Os registros fotográficos e históricos de O Estado estão (ou estiveram) a cargo de nomes como Baêta, Salomão, Biné Morais, Douglas Jr, Biaman Prado, De Jesus, Paulo Soares, Diego Chaves (como estagiário), Seu Cardoso e Flora Dolores (secretária e fotógrafa), sendo esta última uma das poucas mulheres a exercerem a função de repórter fotográfica na imprensa maranhense.

Essência do jornalismo e do colunismo
Foi na noite de 1º de maio em que a marca de O Estado Maranhão foi formalmente criada, pela visão de Sarney e Tribuzi. Em paralelo, o colunismo social também ganhou a marca e ligou seu nome ao de Pergentino Holanda que, nos dias atuais, ainda brinda leitores diariamente com sua coluna e, nos fins de semana, com a revista conhecida pela sociedade maranhense.

Pergentino Holanda relembrou a ligação de seu nome com o do principal periódico maranhense. “Antes deste casamento que perdura até os dias atuais, já estava com o caminho trilhado no colunismo por intermédio de Gerd e Lourdes Tajra, a quem sou grato profundamente. Ligar o meu nome com o de O Estado é motivo de grande orgulho, pelas histórias vividas e, ainda que tenha sido uma história marcada em alguns momentos por separações, na prática, é um amor que jamais se perderá”, disse.

Pergentino, durante a produção de mais um de seus cadernos de fim de semana, lembrou o papel do veículo no trato com a comunicação e, principalmente, no contexto social. “Com a inclusão das impressoras off-set, o jornal alavancou seu nome, ganhou alcance. Foi um marco para o veículo e para nosso caderno que sempre carregou o selo de ser um suplemento social para este importante jornal”, disse.

Desde 1979…
O considerado “decano” neste momento da Redação de O Estado é o jornalista Mário Reis. Vinculado ao quadro de funcionários desde 1979, a convite do então secretário de Redação, jornalista Coelho Neto. Até então, a maioria dos jornalistas, com raras exceções, não tinha formação acadêmica, embora demonstrasse aptidão pelos textos.

Mário Reis, que atualmente fecha o Caderno Geral de O Estado, lembra o período em que chegou para a redação. “Foi um choque. Cheguei no momento em que estava surgindo o novo jornalista e o novo jornalismo”, disse. A visão acadêmica, com jornalismo mais opinativo, deu lugar a uma linguagem mais direta e objetiva.

O jornalista passou pelo veículo durante a década de 1980, em um período marcado por matérias mais curtas, com destaque para cadernos especializados. “Tenho muito orgulho de fazer parte desta história, sem dúvida. Parabéns pelos 62 anos e fico feliz de estar neste veículo que me formou como pessoa”, disse Reis.

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