São Luís - Especialista em cirurgia bariátrica e do aparelho digestivo e há 10 anos integrando a equipe do Hospital São Domingos, o médico Roclides Castro de Lima tem se destacado na coordenação do Serviço de Cirurgia Robótica e da Especialização em Videocirurgia daquela unidade de saúde. O pernambucano, que comanda uma equipe voltada para as cirurgias minimamente invasivas, reside no Maranhão há 23 anos e já se considera um maranhense.

Roclides Castro de Lima é uma das autoridades em cirurgia robótica no Maranhão. Ele explica que o método emprega a tecnologia mais moderna disponível no mercado, com braços robóticos acoplados ao paciente.

Os braços robóticos realizam todos os movimentos comandados por um cirurgião. O método inclui a videocirurgia, realizada com pequenas incisões.

“A cirurgia robótica utiliza uma tecnologia que veio para ajudar os cirurgiões na realização de procedimentos menos invasivos. O sistema robótico tem a vantagem de facilitar a cirurgia. Ele alcança os lugares mais restritos e fornece uma maior amplitude de movimentos. É como se o cirurgião estivesse literalmente dentro do paciente: filtra tremores, proporciona uma imagem em três dimensões e com qualidade Full HD. Além disso, possui um artifício chamado firefly, que permite vermos a vascularização dos tecidos”, detalha.

Nesse tipo de procedimento, a imagem e as pinças são totalmente controladas pelo cirurgião, de acordo com o médico pernambucano. Pode haver comando de outros cirurgiões a distância. É indicado em todas as cirurgias das cavidades abdominal, torácica e pélvica (principalmente nos pacientes grandes obesos), câncer do aparelho digestivo, hérnias da parede abdominal, cirurgia da próstata, endometriose, útero e ovários. Roclides Castro de Lima revela que já foram realizadas 112 cirurgias robóticas em São Luís.

Pandemia
No Brasil, por outro lado, já foram realizados mais de 40 mil procedimentos dessa natureza. “Com a evolução da pandemia, a cirurgia robótica tem sido uma opção, já que menos pessoas precisam estar na sala cirúrgica e em contato com o paciente, mantendo maior distanciamento”, diz

Ele conta que, neste período de pandemia do novo coronavírus, a equipe continua sua atividade, pois os hospitais seguem todos os protocolos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Não podemos parar, pois as outras doenças não esperam. Muitas doenças podem ser agravadas caso o paciente não procure atendimento médico”, ressalta.

Por enquanto, a equipe está operando de modo selecionado, com um fluxo de atendimento para as cirurgias que não podem esperar. “ Vejo uma necessidade de união de forças entre o estado e a população. Devemos ter ciência da gravidade do momento”, opina.
Do ponto de vista da pandemia, Roclides Castro de Lima espera que os governantes tenham mais esforços focados em melhorar a saúde da população. “Vamos superar tudo isso! E quero crer que todos nós sairemos mais fortalecidos”, finaliza. l

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