São Paulo - Na última semana, o Ministério da Saúde, em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou uma cartilha com novas regras para o uso de máscaras em aeroportos e aviões. Dentre as orientações, está proibido o uso isolado dos protetores faciais (face shield) sem máscara por baixo.
As novas recomendações têm relação direta com o aumento de casos de Covid-19 no país, além da descoberta de novas variantes do novo coronavírus. O Brasil vive o pior momento da doença com aumento de casos, alta taxa de ocupação de leitos, tendência de avanço nos casos e mortes em praticamente todas as regiões. Já são 53 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil.
"Entre as diversas medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, a utilização de protetores faciais é uma das mais importantes. Entretanto, o protetor deve ser usado como uma barreira física adicional e não como o principal meio de proteção, pois o dispositivo não tem a capacidade de impedir a disseminação do coronavírus no ambiente", alerta Mario William Esper, Presidente da ABNT.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou um documento com recomendações para o melhor aproveitamento do dispositivo e sua correta utilização em um momento em que a informação e a conscientização são pilares tão importantes para o enfrentamento ao coronavírus. A ABNT PR 1009 apresenta instruções normativas, normas aplicáveis, entre outros documentos que podem auxiliar no uso e desempenho dos protetores faciais, visando colocar a vida do usuário e sua segurança em primeiro lugar.
Dentre as orientações presentes no documento, estão:
- - Quando houver necessidade de utilizar o protetor facial (face shield), seu uso deve estar associado a outros meios de proteção, como máscara cirúrgica ou uma peça semifacial filtrante para partículas (PFF);
- - Os protetores faciais são constituídos por visor, carneira e sistema de ajuste à cabeça do usuário. Outros acessórios podem ser incluídos para garantir maior proteção, como a proteção lateral, coroa e queixeira;
- A proteção oferecida pelo protetor facial, bem como seu desempenho e durabilidade, dependem diretamente da sua construção e dos cuidados com o uso, incluindo a verificação visual antes do uso, armazenamento, cuidados e higienização;
- - É recomendável que o visor não seja confeccionado em material muito flexível ou em material muito fino, pois esse tipo de material é mais suscetível a fissuras, riscos e amassamentos;
- - Durante o uso, o protetor facial deve ser higienizado com frequência para evitar que sujidades excessivas se aglomerem no visor ou em suas outras partes, evitando que prejudiquem a visão do usuário ou se tornem um meio de contaminação;
- - Após o uso, o protetor facial deve ser higienizado e armazenado em local seco e ao abrigo do sol e de intempéries;
- - O dispositivo é de uso individual e não pode, em hipótese alguma, ser compartilhado entre usuários diferentes.
SAIBA MAIS
Sobre a ABNT
A ABNT é o único Foro Nacional de Normalização, por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo Governo Federal por meio de diversos instrumentos legais. É responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (NBR), destinadas aos mais diversos setores. A ABNT participa da normalização regional na Associação Mercosul de Normalização (AMN) e na Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da normalização internacional na International Organization for Standardization (ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC).
Desde 1950, atua também na área de certificação, atendendo grandes e pequenas empresas, nacionais e estrangeiras. Possui atualmente mais de 400 programas de certificação, destinados a produtos, sistemas e verificação de gases de efeito estufa, entre outros. A sociedade identifica na Marca de Conformidade ABNT a garantia de que está adquirindo produtos e serviços em conformidade, atendendo aos mais rigorosos critérios de qualidade. A ABNT Certificadora tem atuação marcante nas Américas, Europa e Ásia, realizando auditorias em mais de 30 países.
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