Processos

Câmara dos EUA aprova lei de reforma policial ''George Floyd''

Texto agora segue para o Senado, onde destino ainda é incerto. Projeto é resposta ao movimento ''Black Lives Matter'' e ao assassinato de negros pela polícia, em especial o de George Floyd

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Grafite do artista ''EME Freethinker'' em apoio aos protestos pela morte de George Floyd
Grafite do artista ''EME Freethinker'' em apoio aos protestos pela morte de George Floyd (George Floyd,)

ESTADOS UNIDOS - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira,3, um projeto de lei que proíbe táticas policiais controversas e facilita processos contra policiais que violarem os direitos de suspeitos.

Os democratas, que têm maioria na Câmara, conseguiram aprovar a "Lei George Floyd de Justiça no Policiamento" por 220 votos a 212. Um único republicano votou a favor do projeto. O texto agora segue para o Senado, onde as perspectivas de aprovação são incertas.

A aprovação ocorreu a poucos dias do julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Mineápolis que assassinou George Floyd, ao apoiar o seu joelho contra o pescoço da vítima durante 8 minutos e 46 segundos em maio de 2020.

Chauvin vai a julgamento por homicídio culposo e assassinato em terceiro grau. Segundo a acusação estadual, Floyd já não respondia mais nos últimos 2 minutos e 53 segundos do sufocamento e morreu em um hospital logo depois. O ex-policial está solto desde outubro, quando foi libertado após pagar fiança de US$ 1 milhão (mais de R$ 5,5 milhões).

Frase

Durante o sufocamento, Floyd afirmou várias vezes "I can't breathe" ("Eu não consigo respirar", em tradução livre). A frase virou lema das manifestações que se espalharam pelo país (e por várias cidades ao redor do mundo) e impulsionou o movimento "Black Lives Matter" ("Vidas Negras Importam").

"Quantas pessoas mais têm que morrer? Quantas pessoas mais têm que ser agredidas?", indagou a deputada democrata Karen Bass, que redigiu o projeto junto com o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler.

A parlamentar afirmou que o projeto de lei responsabiliza a polícia quando direitos constitucionais forem violados, mas que também apoiará as forças da lei locais fomentando melhorias no policiamento comunitário, especialmente em bairros de minorias.

Uma das cláusulas mais controversas do projeto muda a "imunidade limitada" da polícia, abrindo caminho para processos pelo uso excessivo de força.

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