Identidade de gênero

Biden anula proibição de Trump de transgêneros nas Forças Armadas

Medida era uma promessa de campanha do democrata. Forças Armadas dos EUA têm cerca de 1,3 milhão de soldados na ativa e menos de 2,5 mil soldados trans, segundo estimativa

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
​O presidente dos EUA, Joe Biden, assina ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca
​O presidente dos EUA, Joe Biden, assina ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca (¿O presidente dos EUA, Joe Biden, assina ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca)

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, derrubou a proibição que seu antecessor, Donald Trump, havia colocado para transgêneros nas Forças Armadas do país. A medida adotada ontem, 25, era uma promessa de campanha.

"O presidente Biden acredita que a identidade de gênero não deve ser uma barreira para o serviço militar e que a força da América está em sua diversidade", escreveu a Casa Branca em comunicado.

"Permitir que todos os americanos qualificados sirvam ao seu país é melhor para os militares e melhor para o país, porque uma força inclusiva é uma força mais eficaz", aponta o documento. "É a coisa certa a se fazer e é do nosso interesse nacional".

General do Exército da reserva escolhido por Biden para ser secretário de Defesa e liderar o Pentágono, Lloyd Austin afirmou em sua sabatina no Senado que apoiava a derrubada do veto.

As Forças Armadas dos EUA têm cerca de 1,3 milhão de soldados na ativa e, segundo o Departamento de Defesa. Não há dados oficiais sobre o número de trangêneros, mas o instituto de pesquisa de políticas Rand Corp, estimou em 2016 que eram cerca de 2.450 na ativa.

Decisões de Obama e Trump

O ex-presidente Barack Obama permitiu em 2016 que transgêneros servissem abertamente e recebessem cuidados médicos para a transição de sexo, mas Trump congelou o recrutamento.

Ao anunciar a decisão, Trump afirmou que os militares não poderiam ser "sobrecarregados com o tremendo custo médico e com a perturbação que a presença dos transgêneros causaria".

A medida chegou a ser suspensa pela Justiça, por considerá-la discriminatória, mas em janeiro de 2019 a Suprema Corte americana autorizou que o veto do então presidente entrasse em vigor.

A Suprema Corte não analisou o mérito do memorando de Trump, mas decidiu que ele podia ser adotado e ser alvo de processos judiciais em tribunais inferiores.

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