Presidência dos EUA

Trump diz que não vai à posse de Biden, marcada para 20 de janeiro

Os únicos três presidentes que faltaram à posse dos seus sucessores fram John Adams (em 1801), John Quincy Adams (em 1829) e Andrew Johnson (em 1869)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Donald Trump, em vídeo gravado quinta-feira,7, faz discurso em tom de despedida da presidência dos EUA
Donald Trump, em vídeo gravado quinta-feira,7, faz discurso em tom de despedida da presidência dos EUA (Trump)

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na sexta-feira,8, que não participará da posse de Joe Biden no cargo em 20 de janeiro. Na véspera, após a certificação do democrata como vencedor das eleições de novembro, o republicano reconheceu pela primeira vez que deixará a presidência e "prometeu uma transferência suave e ordeira".

"A todos aqueles que perguntaram, eu não vou à cerimônia de posse em 20 de janeiro", escreveu Trump no Twitter.

Tradicionalmente, os presidentes que deixam o cargo participam da cerimônia de posse do sucessor. Quando Trump assumiu a Casa Branca, em 2017, Barack Obama compareceu ao evento e cumprimentou o republicano.

Os únicos três presidentes que faltaram à posse dos seus sucessores foram John Adams (em 1801), John Quincy Adams (em 1829) e Andrew Johnson (em 1869).

Mesmo com a ausência de Trump, o vice-presidente Mike Pence deve participar da cerimônia, embora não tenha confirmado a ida. Ele transmitirá o cargo para a eleita Kamala Harris.

De acordo com a imprensa americana, todos os outros ex-presidentes americanos ainda vivos assistirão à cerimônia, com a exceção de Jimmy Carter, que tem 96 anos.

Semana de tensão nos EUA

Trump tem insistido que não perdeu a eleição presidencial de novembro e que houve fraude e irregularidades. Entretanto, os auditores e a Justiça dos EUA não encontraram nenhum indício que pudesse mudar a vitória de Biden, que obteve 306 votos no Colégio Eleitoral contra 232 do republicano.

A situação atingiu o ápice na quarta-feira, 6, quando o Congresso se reuniu para contar as cédulas do Colégio Eleitoral e certificar a vitória de Joe Biden — processo que, em outros anos, teve papel muito mais cerimonial do que político.

Após Trump dizer em comício que "iria junto" com os apoiadores ao Capitólio, um grupo de extremistas invadiu a sede do Congresso americano, e os parlamentares precisaram ficar protegidos em áreas seguras ou ser evacuados do edifício. Houve tumulto, e cinco pessoas morreram, incluindo um policial.

Horas mais tarde, após intervenção da Guarda Nacional e de um toque de recolher imposto pela prefeita da capital Washington, a sessão foi retomada e Biden, enfim, recebeu a certificação como presidente eleito dos EUA.

Somente aí, Trump reconheceu que "um novo governo tomará posse" em 20 de janeiro. Ele porém se recusou, mais de uma vez, a dizer o nome de Joe Biden como novo presidente dos EUA. E somente mais de 24 horas depois da invasão, o republicano condenou a invasão ao Congresso, que chamou de "ataque odioso", e pediu investigação aos envolvidos na violência.

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