Editorial

Seja um cidadão consciente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17

Aos poucos, São Luís ganha mais áreas de lazer e a cidade - que durante muito tempo mal teve o Parque do Bom Menino, para o desporto, e a Praça Gonçalves Dias para descanso e namorados andarem de mãos dadas -, já pode contar mais de uma mão cheia de espaços onde as pessoas podem mais, fazer piqueniques, caminhar com seus animais, correr, namorar, tirar boas fotos para as redes sociais e até descansar. São praças reformadas e parques com espaços aprazíveis. Mas de que vale o engajamento para construir ou melhorar esses espaços, se a população não se compromete em cuidar deles?

É triste ver o descaso e falta de cuidados do cidadão, que não se cansa de reclamar quando vê garrafas pet e outros objetos espalhados na grama, mas se furta de juntá-los e colocar nas lixeiras, que nem estava tão longe assim. Não é porque o lixo não é seu que você não pode dar um bom exemplo e mostrar como se faz, juntando a sujeira e depositando onde deveria ficar.

Se falta apoio do poder público em áreas como a Lagoa da Jansen, que parece abandonada e relegada à própria sorte, também falta interesse da população, que também a relegou ao esquecimento com o passar do tempo, em vez de se unir e pedir cuidados com o lugar. É um bom espaço onde a população pode dar seu bom exemplo, plantando mudas onde está vazio, formando mutirões de limpeza onde está sujo e provocando os gestores, para que até se envergonhem de não cuidar do que é bem público e patrimônio da cidade.

Cabe ao cidadão entender que seu papel diante das áreas de lazer, sejam elas as antigas ou as novas, é de cuidador, zelador, e não daquele que destrói ou não liga, porque se não cuidar, o lugar se deteriora e quem perde é ele mesmo, o cidadão.

Tudo bem, parabéns, você venceu seus limites e conseguiu correr o triplo de quilômetros que costumava correr. Mas seus tênis não aguentaram e acabaram se desmontando. Por que jogá-los nas árvores da Reserva do Itapiracó? Deixando a marca do destruidor, do ser sem consciência que obriga a pobre árvore a aguentar pelo resto de sua vida aquele objeto estranho que não vai se deteriorar tão cedo. Se era uma comemoração, porque penalizar a árvore?

Por que você se esquece de limpar os dejetos que seu cachorrinho deixa pela calçada onde dezenas de pessoas caminham ou correm diariamente, no Parque do Rangedor? Aquele espaço não é só seu e, com certeza, se fosse em sua casa, você não deixaria as fezes do animal expostas e iria embora.

Quando você risca e rabisca os bancos do Complexo Deodoro, quebra um brinquedo na Praça da Bíblia ou suja um banco na Praça das Mercês, apenas mostra ignorância e descaso. Aquilo é seu patrimônio, é a imagem da sua cidade que fica depredado. E a lembrança de uma tarde alegre, deixa mais triste a paisagem das praças, que podiam estar limpas e sempre belas aos olhos de turistas e moradores locais.

Um pouco de consciência e boa vontade não faz mal a ninguém. Cuidar, zelar e aproveitar os benefícios da cidade com bom senso faz apenas com que eles permaneçam e você possa aproveitá-los por mais tempo possível. Não seja um sujão, seja aquele que mantém tudo limpo e propague essa ideia entre amigos e familiares.

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