Imunização

MS realiza estudo sobre cobertura vacinal em SL

Serão 900 pais ou responsáveis na capital maranhense entrevistados até a próxima semana, dia 31, com a participação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que faz parte da coordenação do inquérito na cidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h17
Vacinação, pelo Plano Nacional de Imunização, pode começar a acontecer já no mês de janeiro de 2021
Vacinação, pelo Plano Nacional de Imunização, pode começar a acontecer já no mês de janeiro de 2021 (vacina)

O Ministério da Saúde, está realizando, desde o dia 1° de dezembro, uma pesquisa com aproximadamente 23 mil pais e mães, em 19 estados e no Distrito Federal. O estudo tem como objetivo identificar e entender as principais dificuldades para o cumprimento do calendário de vacinação. Pesquisa se estenderá até o dia 31 de dezembro. São Luís é uma das capitais que está participando das entrevistas domiciliares.
A Universidade Federal do Maranhão, (UFMA), está participando da coordenação do inquérito, além das secretarias municipal e estadual de saúde. Estão sendo entrevistadas famílias que tenham crianças nascidas em 2017 e que foram selecionadas para a pesquisa. Em São Luís, serão interceptadas 900 pais/ou responsáveis.
O Estado, conversou com a Prof.ª Dra. Rejane Queiroz, do Departamento de Saúde Pública da UFMA, uma das responsáveis pela realização da pesquisa no estado. Para ela, essa é uma ação importante, pois serão vários dados para se analisar e discutir o contexto de descrença na eficácia de vacinas - um discurso que surgiu há pouco tempo, mas já ganhou espaço.“Há questões sobre a decisão de não aplicar a vacina. Será possível analisar, ainda as coberturas vacinais de cada vacina e do conjunto delas. Relacionar com as condições de vida, características socioeconômicas, uso dos serviços de saúde entre outros. Todas essas análises são importantes para traçar estratégias que minimizem esse cenário de descrença”, afirmou.

Metodologia
O entrevistador fotografará a caderneta de vacinação da criança visitada, com o objetivo de identificar as vacinas que as crianças já receberam ou não.
O estudo vai possibilitar estimar as coberturas vacinais relativas à BCG, hepatite B, Poliomielite, Pentavalente, rotavírus humano, febre amarela, meningocócica C conjugada, pneumocócica 10 valente conjugada, influenza, Hepatite A, tríplice viral, varicela e reforço para DPT e Poliomielite.
As entrevistas são realizadas com os pais ou responsáveis por profissionais devidamente identificados com camiseta e crachá, portando um tablet para fazer a entrevista e fotografar a caderneta de vacinação. As crianças são visitadas em sua residência para a análise de sua situação vacinal, estrato social e compartilhamento das dificuldades para o cumprimento do calendário de vacinação.
O tempo estimado da entrevista varia de 20 a 30 minutos. Os entrevistadores não coletam dados pessoais como número do CPF ou dados bancários.

Objetivos
Um dos objetivos da pesquisa é elencar as interferências das condições de vida na cobertura vacinal, avaliar as diferenças entre a cobertura estimada pelos inquéritos e os dados administrativos obtidos pelo sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Outra meta é obter a estimativa da cobertura vacinal para o esquema completo e para cada vacina incluída no calendário do PNI para crianças aos 12, aos 18 e aos 24 meses de idade, o acesso ao serviço de vacinação e a adesão em crianças até os 24 meses de idade.
A partir dos resultados deste estudo, o Ministério da Saúde poderá definir novas estratégias que possibilitem melhorar o acesso à vacinação das crianças e, desta forma, ampliar as coberturas vacinais em todo o país para proteger a saúde de toda a população brasileira.
Por que a cobertura de vacinação está caindo entre as crianças?
Desde o ano de 2015, as coberturas vacinais de crianças de até cinco anos vem caindo sumariamente, e a tendência é que esse número também caia depois da pandemia da Covid-19, já que as pessoas estão mais em casa, e consequentemente deixando de levar os filhos pra vacinar.

Saiba mais

Belém, Rio Branco, Macapá, Palmas, João Pessoa, São Luiz, Fortaleza, Natal, Teresina, Recife, Maceió, Aracaju, Rio de Janeiro, Vitória, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Campo Grande, Cuiabá e Brasília, além de outras cinco capitais que foram avaliadas em projeto anterior financiado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

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