Na expectativa

Coronavírus: Pazuello diz que Brasil poderá ter vacinação ainda este mês

Ministro da Saúde afirmou que vacinação depende também da Pfizer conseguir "adiantar" algumas doses; etapa emergencial atenderia parte restrita da população. Etapa emergencial atenderia uma parte restrita da população

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, diz que Brasil pode ter vacina da Pfizer em dezembro
Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, diz que Brasil pode ter vacina da Pfizer em dezembro (Pazuello)

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde disse nesta quarta-feira (9) que poderá haver vacinação contra a Covid-19 no Brasil ainda neste mês de dezembro, ou no início de janeiro de 2021, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o ministério, o ministro Eduardo Pazuello afirmou que a vacinação em dezembro depende também de a empresa conseguir "adiantar" uma entrega de doses.

A vacinação em dezembro ou no início de janeiro, informou a pasta, seria em caráter emergencial e atenderia uma pequena quantidade de pessoas. A vacina da Pfizer começou a ser aplicada no Reino Unido na terça-feira,8. No mesmo dia, o governo brasileiro anunciou termo de intenção para comprar 70 milhões de doses da empresa.

O anúncio refletiu uma mudança de postura, já que o governo antes havia dito que o país não tinha infraestrutura para armazenar as doses na temperatura exigida de 70º C negativos.

Também na terça, em reunião com governadores, Pazuello disse que a vacinação no Brasil começaria no fim de fevereiro. O ministro deu a declaração ao comentar o trâmite do registro definitivo da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. O Brasil tem acordo para 100 milhões de doses dessa vacina. Segundo Pazuello, o pedido de registro definitivo deverá chegar à Anvisa até o fim de dezembro, e a agência deve levar 60 dias para análise.

"Previsão de submeter à Anvisa [em dezembro]. Previsão de registro? Previsão de início no final de fevereiro. Então, se Deus quiser, com tudo pronto, nós iniciaremos a vacinação da AstraZeneca", disse Pazuello.

Vacinas

Antes de anunciar o acordo com a Pfizer, o governo federal tinha acertado compras de doses da vacina da AstraZeneca e do consórcio Covax, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa do Covax prevê repasses de doses para os países signatários, à medida que os laboratórios obterem os registros. No Covax, o Brasil optou por 42,5 milhões de doses.

O governo do estado de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, tem uma parceria com o laboratório Sinovac, da China, que produz a vacina Coronavac. O governador paulista, João Doria (PSDB), anunciou que pretende começar a vacinar a população do estado em janeiro.

Em outubro, Pazuello chegou a dizer que o governo federal também compraria a Coronavac, mas foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro. Doria e Bolsonaro são rivais políticos.

Na reunião com governadores na terça, Pazuello disse que "se houver demanda e houver preço" o governo vai comprar "a vacina do Butantan".

Autorização da Anvisa

A Anvisa é responsável por conceder os registros definitivos para que as vacinas possam ser aplicadas no Brasil. A agência pode também conceder autorização para aplicações emergenciais. Os pedidos precisam ser enviados à agência pelas empresas. Até agora, nenhum pedido chegou à Anvisa.

Uma lei aprovada na pandemia permite, entretanto, que uma vacina contra a Covid-19 seja usada no Brasil mesmo sem registro na Anvisa. Para isso, precisa ter sido aprovada por agências de outros países como a FDA, dos Estados Unidos. A agência regulatória norte-americana atestou nesta semana a eficácia e a segurança da vacina da Pfizer.

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