Editorial

O descontentamento geral das nações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

Um levantamento traz dados que devem ser levados em consideração pelos gestores públicos, ainda mais em uma época pós-eleições, de prefeitos eleitos e de preparativos para o início de novas gestões. É a pesquisa Global Infrastructure Index, realizada anualmente pela Ipsos com 19.516 entrevistados de 27 países, sendo mil brasileiros.

Segundo os dados levantados pelo instituto, menos de três em cada 10 habitantes do Brasil estão satisfeitos com a infraestrutura nacional. Um total de 28% expressou muita ou razoável satisfação, 23% declararam-se indiferentes e 48% disseram estar razoavelmente ou muito insatisfeitos.

Vale destacar que, por infraestrutura, entende-se, no estudo, coisas nas quais as pessoas confiam, como redes rodoviárias, ferroviárias e aéreas, utilidades como energia e água, banda larga e outras comunicações.

No mundo, os chineses foram os entrevistados que demonstraram maior contentamento com a infraestrutura de seu país (90%). Em segundo lugar nesse ranking, ficou a Arábia Saudita (80%) e, em terceiro, a Holanda (77%). Do outro lado, Itália (17%), Peru (18%) e Hungria (21%) são os menos satisfeitos. Levando-se em conta os 27 países avaliados, a média global ficou em 43%. No ano passado, era de 37%.

Segundo o levantamento, para os brasileiros, os problemas infraestruturais decorrem de uma falha na administração da nação. Ao todo, 75% dos respondentes concordou com a frase: ‘Como país, não fazemos o bastante para suprir nossas necessidades de infraestrutura’. Apenas Peru e África do Sul, ambos com 80%, demonstraram maior desagrado do que o Brasil nesta questão.

A pesquisa apresentou 14 tipos de infraestrutura e pediu que os ouvidos selecionassem quais delas eles achavam que deveria ser prioridade de investimento em seu país. Para 64% dos brasileiros ouvidos, o foco dos investimentos locais deveria ser o “abastecimento de água e saneamento”, seguido por “Nova oferta de moradias, citada por 52%”.

Em terceiro, com 51%, ficou “soluções contra enchentes”. Fecham o top 5 “infraestrutura para energia solar” (43%) e “rodovias/malha rodoviária” e “infraestrutura ferroviária - trens/estações” (empatadas com 41%).

Onde quer que sejam alocados os recursos, 81% dos ouvidos no Brasil esperam que o governo faça do investimento em infraestrutura uma prioridade ao planejar a recuperação pós Covid-19. Ao todo, 85% concordam que o investimento em infraestrutura é essencial para o crescimento econômico futuro do país e 84% acham que investir no segmento vai auxiliar na criação de novos empregos.

No Brasil, a maioria dos entrevistados não veem problema em receber auxílio externo para financiar gastos no setor. De acordo com os dados, 71% dos brasileiros disseram concordar com investimento estrangeiro em infraestruturas no país se isso significar uma melhoria na qualidade desses serviços. A média em todo o mundo é de 52%.

Para completar, 73% concordam com o investimento de empresas do setor privado em infraestrutura, claro, se isso significar que o Brasil terá aquilo de que precisa. A média dos 27 países, representa 68% dos ouvidos.

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