BERLIM - O mundo registrou um novo recorde diário de casos e de mortes por Covid, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins. Foram 666.955 novos infectados e 12.220 óbitos na quarta-feira,11.
Os recordes anteriores foram atingidos na semana passada: 641.152 casos na sexta-feira,6, e 11.031 mortes na terça-feira,3. Atualmente, são mais de 52,2 milhões de casos 1,2 milhão de mortes causadas pelo novo coronavírus em todo o mundo desde o início da pandemia.
Ontem, 12, Reino Unido e Itália registraram novos recordes de infectados e a França anunciou que uma em cada quatro mortes no país é causada pelo novo coronavírus (veja mais abaixo).
Pelo segundo dia seguido, os Estados Unidos registraram recorde de infectados. Foram 140.290 na terça,10, e mais 144.133 ontem.
Em meio à disparada de casos no país, o estado de Nova York anunciou novas restrições para restaurantes, bares e academias.
Os EUA são o mais afetado do mundo e concentra cerca de 20% de todos os casos e mortes do planeta. Na sequência vêm Índia e Brasil.
2ª onda na Europa
Na Europa, que enfrenta uma segunda onda de contágios e tem adotado diversas medidas de restrição, Reino Unido e Itália registraram novos recordes de infectados, a França vê os hospitais encherem e a Espanha passou dos 40 mil mortos.
Foram 33.470 novos casos no Reino Unido, novo recorde diário, e 595 mortes, o maior número desde 12 de maio. Com isso, o país superou a barreira dos 50 mil mortos.
Na Itália, que ontem se tornou o décimo a ultrapassar a marca de um milhão de casos, foram 37.978 novos infectados e 636 óbitos nas últimas 24 horas.
Na França, o primeiro-ministro Jean Castex afirmou que uma a cada quatro mortes no país é causada pela Covid e um francês é internado a cada 30 segundos: "A pressão sobre o nosso sistema hospitalar aumentou drasticamente".
Vacina
A farmacêutica Pfizer espera obter o registro de sua vacina contra a Covid-19 na Food and Drug Administration (FDA, agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos) em dezembro, o que permitiria iniciar a vacinação nos Estados Unidos ainda neste ano. Ao participar de um simpósio online promovido pela Academia Nacional de Medicina, o presidente da companhia no Brasil, Carlos Murillo, adiantou que 50 milhões de doses estarão disponíveis já neste ano, e o total para o ano que vem chega a 1,3 bilhão de doses para todo o mundo.
"No caso do Brasil, ainda estamos trabalhando fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade o mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil", disse Murillo, que explicou que a empresa e o governo ainda estão em negociação.
A previsão da Pfizer é de que os requisitos exigidos pela agência reguladora americana para completar a solicitação de registro devem ser cumpridos na terceira semana de novembro. A partir daí, a avaliação da FDA deve durar cerca de um mês e a concessão do registro de uso emergencial ainda em 2020.
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