Pandemia

Rússia tem recorde de mortes diárias de Covid e passa a obrigar uso de máscara

Quarto país com mais casos do mundo, só atrás de EUA, Índia e Brasil, sofre com nova onda do vírus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
​Barman com máscara de proteção prepara coquetel em bar em Moscou
​Barman com máscara de proteção prepara coquetel em bar em Moscou (Moscou)

MOSCOU - Um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, a Rússia registrou um recorde de novas mortes por Covid nesta terça-feira (27) e anunciou novas medidas de prevenção ao vírus, inclusive o uso obrigatório de máscaras.

Foram 320 novos óbitos e 16,5 mil casos confirmados nas últimas 24 horas. O país é quarto com mais infectados (1,5 milhão), só atrás de Estados Unidos (8,7 milhões), Índia (7,9 milhões) e Brasil (5,4 milhões) e tem mais de 26,4 mil mortes registradas, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Assim como restante da Europa, o país enfrenta uma segunda onda do vírus - e Moscou e a região metropolitana são o principal foco.

Vários países têm registrado recordes diários de novos casos, como Alemanha, França e Espanha, e dados da OMS apontam que o mundo bateu nove vezes recordes diários de infectados em outubro.

Novas restrições

Com a alta no número de casos e mortes, a autoridade de saúde russa Rospotrebnadzor anunciou que o uso de máscaras agora é obrigatório "em lugares lotados, transportes públicos, táxis, estacionamentos e elevadores".

A autoridade de saúde também recomenda a limitação das saídas noturnas, entre as 23 horas e as 6 horas, com a proibição de eventos públicos e o funcionamento de restaurantes. Segundo a Rospotrebnadzor, a aplicação das medidas depende das autoridades regionais.

Apesar do anúncio, as autoridades russas dizem que a situação está sob controle. O intuito é evitar medidas rígidas de confinamento, que afetaram uma economia que já abalada antes da pandemia.

Vacina

A Rússia anunciou, ontem,27, que pediu aprovação do uso emergencial de uma de suas vacinas candidatas contra a Covid-19, a Sputnik V, à Organização Mundial de Saúde (OMS). A entidade divulgou critérios para avaliar candidatas para potencial uso de emergência no fim de setembro.

O fundo estatal russo que coordena a produção da vacina apresentou pedidos para registro acelerado na Lista de Uso de Emergência (EUL, na sigla em inglês) e pré-qualificação do imunizante.

O diretor do fundo, Kirill Dmitriev, comentou o pedido, afirmando que ele "permitirá que a Sputnik V seja incluída na lista de produtos médicos que atendem aos principais padrões de qualidade, segurança e eficácia".

Procurada sobre o recebimento do pedido e quanto tempo levaria um processo de aprovação, a OMS disse que os pedidos para uso de emergência e pré-qualificação são confidenciais.

"Se um produto submetido para avaliação cumprir os critérios de listagem, a OMS publicará os resultados amplamente", afirmou a entidade.

A organização informou também que "a duração do processo de listagem de uso de emergência depende da qualidade dos dados apresentados pelo fabricante da vacina e dos dados que atendem aos critérios da OMS". A entidadade disse, por fim, que "ainda não pré-qualificou nenhuma vacina" contra a Covid-19 e nem publicou uma lista de uso emergencial.

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