Agenda de reformas

Dino chama gestão Bolsonaro de "inerte" e critica reforma

As críticas do governador Flávio Dino (PCdoB) ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), se referem à agenda de debates proposta pela União, reforma administrativa incluída

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
(Dino)

SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou a “reforma administrativa” encabeçada pelo Govenro Federal e afirmou que a União está inerte, pois – segundo o gestor – discute temas que não são de relevância pública, como a recriação de impostos. De acordo com o comunista, a redução nos serviços públicos segue a “contramão” do planeta.

As críticas de Dino a Jair Bolsonaro se referem à agenda de debates proposta. “Na desorientada agenda do governo federal, falam agora em uma reforma administrativa. Querem reduzir serviços públicos na contramão do planeta?”, publicou ontem (11) em suas redes sociais.
De acordo com o governador, a rediscussão acerca de cargos deveria começar pelas instituições de defesa do território do país. “Vão começar por onde ? Pelas Forças Armadas ? Governo está objetivamente inerte, perdendo precioso tempo, enquanto sonham com a CPMF”, disse ao se referir à aprovação de um suposto tributo nos moldes do antigo imposto.

Dino expõe suas pretensões de ser, de forma ativa, protagonista no campo da oposição no país. A estrategia ganhou novo formato quando, no fim do mês passado, o gestor maranhense encaminhou formalmente ao presidente da República uma carta em que sugeria uma reunião mediada pelo ente federal com os representantes dos estados.

Em discussão, estaria uma espécie de “pacto” para a criação de empregos. Após tornar público o pedido, Jair Bolsonaro ironizou o pedido dinista. “Tem governador agora que quer que eu faça um pacto pelo emprego. Mas o estado dele continua fechado”, disse no dia 28 do mês passado ao sair do Palácio da Alvorada.

A resposta teve tréplica de Dino, que chamou Bolsonaro de “mal informado”, já que o Maranhão – de acordo com o próprio comunista – vem flexibilizando as atividades comerciais. A elevação de tom de Dino contra Bolsonaro também coincide com o surgimento de novas pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022 que apontariam uma liderança do atual gestor federal na corrida ao Planalto.

Outra crítica - Além de citar a reforma administrativa Flávio Dino também voltou a relacionar o nome de Bolsonaro às mortes causadas por Covid-19 no país.

O governador maranhense criticou novamente a sugestão dada por Bolsonaro de que a cloroquina pode curar o coronavírus. “Quem divulgou remédios milagrosos sem ser médico? São as perguntas do Tribunal da História para Bolsonaro”, escreveu em sua conta no Twitter.

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