SÃO LUÍS - Após reunião em Brasília da cúpula nacional, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) bateu o martelo e definiu, ontem, apoio ao projeto do Democratas na eleição para a Prefeitura de São Luís. Com isso, a disputa pela indicação do vice na chapa do pré-candidato Neto Evangelista promete se intensificar.
Isso porque a cúpula estadual petebista lutará para ser contemplada com a indicação. “Vamos lutar para isso”, disse o presidente do PTB no Maranhão, Pedro Lucas Fernandes a O Estado, após participar do encontro na capital federal.
O PTB, que desde o início do ano vinha sendo especulado no palanque democrata - após a desistência do vereador Osmar Filho, do PDT -, passou a ser ligado em um forte campo especulativo de mudança de rumos após aparição pública do ex-deputado e suplente no Senado Federal, Pedro Fernandes.
Fernandes apareceu no último fim de semana ao lado da senadora Eliziane Gama (Cidadania), do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e do pré-candidato comunista em São Luís, Rubens Pereira Júnior. Aliados de Rubens alimentaram, nos últimos dias, a possibilidade de que o PTB migrasse para o lado do PCdoB, o que antes mesmo do encontro nacional de ontem (5) já havia sido rechaçado por membros do próprio PTB.
Após a confirmação da aliança com o DEM, questionado, Pedro Lucas preferiu não adiantar nomes que seriam colocados à mesa pleiteando a vaga de vice na chapa. Com uma margem de votos na última eleição para a Câmara Federal na capital, o parlamentar e dirigente do partido pretende levar, além de estrutura partidária, boa margem de votos para Evangelista.
Sobre a confirmação do PTB no projeto na capital, o presidente do DEM no Maranhão, Juscelino Filho, disse a O Estado que o partido será fundamental daqui em diante. “A inclusão do PTB agrega demais. Além de líder no PTB na Câmara [Federal], o deputado Pedro Lucas teve ótima margem de votos na cidade. Soma-se a isso a militância forte petebista na capital. Quero ainda contar com o apoio do suplente Pedro Fernandes neste projeto que ganha mais força a partir de agora”, afirmou.
A indicação do vice no projeto implicará, nas próximas semanas, em uma série de disputas internas. Além da pretensão petebista, o DEM também precisará conciliar os interesses do PSL, que pulou para o palanque democrata após determinação nacional da legenda, capitaneada pelo vice-presidente do PSL, Antônio Rueda e pelo presidente do partido, Luciano Bivar.
Mais uma - Outra sigla que precisará ser contemplada é o PDT (que abriu mão da pré-candidatura de Osmar Filho, presidente da Mesa Diretora da Câmara de São Luís). O DEM não confirma, mas acompanha à distância a situação do MDB.
Os emedebistas, sob a liderança do coordenador e deputado estadual, Roberto Costa, decidiram ampliar o campo de possíveis alianças e conversa com diferentes campos, desde os componentes do chamado centrão como os mais esquerdistas, a exemplo do PCdoB.
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