Editorial

Lei prioriza profissionais de Saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Antes tarde do que nunca, como diz o adágio popular, foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro uma lei federal que estabelece a adoção de medidas para preservar a saúde e a vida de profissionais considerados essenciais ao controle de doenças e à manutenção da ordem pública durante a pandemia. Por causa dos esforços desses profissionais, têm sido evitados mais casos de doentes e mortes causadas pelo novo coronavírus em todo o país.

A norma considera essenciais profissionais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, policiais, agentes comunitários, profissionais de limpeza, coveiros, entre outros. Também determina que o poder público e empregadores forneçam gratuitamente equipamentos de proteção individual (EPIs) aos trabalhadores que estiverem em atividade e em contato direto com portadores ou possíveis portadores da doença.

Esses profissionais terão, de acordo com a lei, prioridade para fazer testes de diagnóstico da Covid-19 e serão tempestivamente tratados e orientados sobre sua condição de saúde e sobre sua aptidão para retornar ao trabalho.

No Maranhão, o Conselho Regional de Medicina (CRM) tem registrado com frequência mortes de médicos que atuam em municípios no combate a Covid-19. O presidente da entidade, Abdon Murad, já se manifestou em diversas ocasiões sobre a importância da manutenção dos esforços de promoção à higiene e à restrição de contato social como meios de prevenir e combater a pandemia, que se apresenta como a maior crise da saúde na história do Brasil.

Murad lembra que desde março deste ano, foram solicitadas pela entidade nacional medidas para proteção dos médicos que, neste difícil momento, empenham todos os esforços para ajudar a população e o governo a dar a melhor assistência aos que padecem da Covid-19 e suas complicações. “Permaneçam em seus postos de trabalho, porque é nesta posição que poderão exercer a função mais relevante de suas existências, o papel de guardiões da vida”, diz o presidente do CRM.

Na quarta-feira, 8, o Ministério da Saúde publicou Boletim Epidemiológico sobre a Covid-19 no Brasil no qual detalha o perfil de casos e óbitos da doença por macrorregiões e unidades da Federação. Além disso, traz novo balanço de infecções por coronavírus em profissionais de saúde que estão atuando, desde o início da pandemia, na assistência às pessoas com Covid-19. O objetivo é oferecer dados mais precisos sobre o cenário atual da doença e permitir ao Poder Público adequar ações e agir com mais efetividade na proteção e assistência à população.

Até o dia 4 de julho, 173.440 casos de Síndrome Gripal (SG) foram confirmados para a Covid-19 em profissionais da área da saúde de todo o país. As profissões com maior registro de casos foram os técnicos ou auxiliares de enfermagem (59.635), seguido dos enfermeiros (25.718), médicos (19.037), Agentes Comunitários de Saúde (8.030) e recepcionistas de unidades de saúde (7.642).

Em relação aos casos graves da doença de Covid-19, que necessitaram de internação hospitalar, foram confirmados 697 casos. Os técnicos ou auxiliares de enfermagem foram os mais afetados, com 248 casos, seguido dos médicos (150) e enfermeiros (130). Além disso, 138 mortes foram registradas por Covid-19 entre os profissionais de saúde.

Além de ter que combater a pandemia do novo coronavírus, os médicos brasileiros têm que lutar também contra as fake news sobre a Covid-19, que atrapalham no enfrentamento à doença. É o que mostra a terceira edição da pesquisa com médicos de todo o Brasil. De acordo com o estudo, quase metade dos profissionais de saúde, 48,9%, relatam que sofrem pressão de pacientes e familiares pela indicação de tratamentos sem comprovação científica.



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