Editorial

Reforçando o uso de máscara

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

O procedimento é simples, mas muitas pessoas insistem em não usar máscara nestes tempos de pandemia, que segundo estudo divulgado ontem no portal no portal VoxEU, especializado em políticas públicas, a proteção facial reduziu, em cidade da Alemanha, em até 40% a sua taxa de crescimento de casos de Covid-19. Em São Luís - igual a outras capitais brasileiras -, a cada dia aumenta o relaxamento de uso desse importante acessório. O exemplo negativo é dado pelo presidente Jair Bolsonaro, que costuma manter contato com o público sem máscara.

Como se não bastasse esse mau comportamento do presidente, ele promulgou vetos à obrigação do uso de máscara em estabelecimentos comerciais, templos religiosos, instituições de ensino e presídios. A imposição de multas para quem descumprir as regras e a obrigação do governo de distribuir máscaras para os mais pobres foram revogadas. Esses vetos, no entanto, não anulam legislações locais que já estabelecem a obrigatoriedade do uso da máscara.

A pesquisa, conduzida em cidade na Alemanha, concorda com os estudos de epidemiologistas e virologistas, que explicam que as coberturas faciais limitam o fluxo de ar ao falar, reduzindo assim a transmissão de partículas infecciosas. E chega à seguinte conclusão: a exigência de máscaras é uma medida de contenção econômica e menos prejudicial economicamente para a Covid-19.

Em recente publicação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) defende o uso de máscaras cirúrgicas e de tecidos pelo público em geral, incluindo as pessoas saudáveis, como parte de uma estratégia abrangente de medidas para suprimir a transmissão do coronavírus. Na atualização mais recente lançada sobre a doença, no dia 29 de junho, a OMS, afirmou que o novo coronavírus se espalha principalmente de pessoa para pessoa por meio de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou boca, após tosse, espirro ou simplesmente uma fala.

Ao contrário do Brasil, muitos países estão reforçando a obrigação do uso de máscara. Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel reafirmou a importância desse acessório em espaços públicos onde a distância mínima não pode ser mantida, respondendo a um debate surgido no último final de semana sobre a suspensão antecipada da norma, pelo menos em estabelecimentos comerciais.

A importância do uso de máscara se tornou mais evidente com o posicionamento de cerca de 240 especialistas de 32 países que assinaram uma carta aberta, que será veiculada na revista americana Clinical Infectious Diseases, na semana que vem, afirmando que há evidências de que o novo coronavírus, mesmo em partículas menores, está no ar e pode infectar as pessoas. Eles pedem que a OMS revise as recomendações sobre contaminação, segundo publicação no jornal norte-americano The New York Times.

Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira, 3, será iniciada a fase 3 de teste em humanos da vacina contra o novo coronavírus, chamada de CoronaVac, no dia 20 de julho. A vacina está sendo desenvolvida junto com um laboratório chinês. A partir da próxima segunda-feira, 13, os voluntários já poderão se inscrever. A inscrição será obrigatória para profissionais da saúde. O laboratório chinês já realizou testes da vacina em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.


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