Pandemia

OMS vê evidências sobre transmissão da Covid-19 pelo ar, diz especialista

Segundo Maria Van Kerkhove, principal autoridade técnica da OMS para a pandemia, a organização analisa a possibilidade de mudar seus protocolos

REUTERS

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Maria Van Kerkhove, especialista da OMS, falou sobre transmissão pelo ar
Maria Van Kerkhove, especialista da OMS, falou sobre transmissão pelo ar (MEDICA OMS )

BRUXELAS - A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu nesta terça-feira “evidências emergentes” de transmissão pelo ar do novo coronavírus, depois que um grupo de cientistas cobrou o organismo global a atualizar suas orientações sobre como a doença respiratória se espalha.

“Temos conversado sobre a possibilidade de transmissão pelo ar e transmissão por aerossol como uma das modalidades de transmissão da Covid-19”, disse Maria Van Kerkhove, principal autoridade técnica da OMS para a pandemia de Covid-19, em uma coletiva de imprensa.

A OMS havia dito anteriormente que o vírus que causa a doença respiratória Covid-19 se dissemina principalmente através de pequenas gotículas expelidas pelo nariz e pela boca de uma pessoa infectada que logo caem no chão.
Mas em uma carta aberta enviada à agência sediada em Genebra e publicada na segunda-feira no periódico científico Clinical Infectious Diseases, 239 especialistas de 32 países delinearam indícios que, dizem, mostram que partículas flutuantes do vírus podem infectar pessoas que as inalam.

Atualização de diretrizes

Como estas partículas menores que são exaladas podem permanecer no ar, os cientistas exortaram a OMS a atualizar suas diretrizes.

Falando em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira em Genebra, Benedetta Allegranzi, principal autoridade técnica de prevenção e controle de infecções da OMS, disse que há evidências emergentes de transmissão do coronavírus pelo ar, mas que estas não são definitivas.

“... A possibilidade de transmissão pelo ar em locais públicos —especialmente em condições muito específicas, locais cheios, fechados, mal ventilados que foram descritos— não pode ser descartada”, disse.“Entretanto, os indícios precisam ser reunidos e interpretados, e continuamos a apoiar isso”.

Qualquer alteração na avaliação de risco de transmissão pela OMS pode afetar seus conselhos atuais sobre manter o distanciamento físico de 1 metro. Governos, que também contam com a agência para definir suas orientação, também precisam ajustar medidas.

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