Mais desemprego

Dino critica presidente Bolsonaro após elevação do desemprego

Governador do Maranhão afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, "mal consegue estabilizar uma equipe ministerial"; em 2019, comunista responsabilizou a crise econômica para justificar aumento da pobreza no estado

Ronaldo Rocha/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Flávio Dino voltou a responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro pelo aumento do desemprego no Brasil
Flávio Dino voltou a responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro pelo aumento do desemprego no Brasil (Flávio Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou o seu perfil em rede social para criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), após relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), vinculado ao IBGE, ter apontado elevação na taxa de desemprego no país no trimestre finalizado em maio.

Dino afirmou que o Maranhão foi o estado o Nordeste com o menor percentual de perda de empregos formais no período e ironizou a situação do presidente da República no atual cenário.

“O Maranhão é o estado do Nordeste que menos perdeu empregos formais na crise do coronavírus. O Brasil já perdeu mais de 1,5 milhão de empregos. Dados oficiais do Governo Federal. É urgente agir. Pena que Bolsonaro mal consegue estabilizar uma equipe ministerial”, escreveu em seu perfil em rede social.

O relatório divulgado pelo PNAD mostrou que a taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em maio de 2020 foi de (12,9%) e cresceu 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (11,6%) e 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%).

Desocupados

De acordo com o relatório, a população desocupada (12,7 milhões de pessoas) teve aumento de 3,0% (368 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (12,3 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável frente a igual trimestre de 2019 (13,0 milhões de pessoas).

Já a população ocupada (85,9 milhões) caiu 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e de 7,5% (7,0 milhões de pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2019.

As quedas, segundo o PNAD, foram recordes da série histórica. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 49,5%, o menor da série histórica iniciada em 2012, com redução de 5,0 p.p. frente ao trimestre anterior (54,5%) e de 5,0 p.p. frente a igual trimestre de 2019 (54,5%).

Apesar de Flávio Dino ter comentado sobre o desempenho do Maranhão, o levantamento, divulgado no site do instituto e com acesso público, não faz qualquer referência a dados sobre os estados do país no período. Não há, nesse documento específico, desempenho do Maranhão.

Governador justificou aumento da pobreza

Apesar de o governador do Maranhão tratar com ironia o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao comentar a elevação do desemprego no país em decorrência da crise provocada pela pandemia do Covid-19, no ano passado, após o IBGE e a Tendências Consultoria - do Valor Econômico -, apontarem aumento da extrema pobreza no Maranhão, Flávio Dino justificou o desempenho como efeito da crise econômica no país.

Naquela ocasião, ao ser entrevistado no programa jornalístico Globonews em Ponto, do canal de tv fechado Globonews, Dino tentou se isentar de responsabilidade.

Para ele, o resultado mostrado em relatório foi consequência exclusiva de fatores externos ao seu governo, naquela oportunidade, já no exercício do segundo mandato.

“O estudo ao qual você se refere mostrou, infelizmente, o aumento da extrema pobreza em todo o país. No Brasil cresceu a extrema pobreza e em todos os estados, em razão da brutal recessão econômica. É claro que os estados, historicamente, têm uma maior dependência das transferências federais constitucionais, notadamente chamadas de FPE e FPM, sofrem mais duramente com uma recessão econômica”, disse.

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