Influenza

90% do público-alvo já vacinados contra a gripe no Maranhão

Segundo a SES, até o último dia 23 de junho foram vacinadas 1.558.461 pessoas em todo o estado

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Campanha de vacinação será encerrada na próxima terça-feira (30)
Campanha de vacinação será encerrada na próxima terça-feira (30) (Vacinação)

SÃO LUÍS - A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que foi antecipada em virtude da pandemia da Covid-19, ainda está ocorrendo no Brasil, em sua terceira etapa, que contempla gestantes, crianças de 6 meses a 5 anos, professores e outras pessoas. Coordenada pelo Ministério da Saúde (MS), a ação já conseguiu imunizar 88,9% do público-alvo no Maranhão, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Isso representa uma cobertura parcial de quase totalidade com relação a quem deve ser imunizado.

A Secretaria de Estado da Saúde comunicou que, até o último dia 23 de junho, foram vacinadas 1.558.461 milhão de pessoas no Maranhão. A campanha, como o órgão estadual destacou, será encerrada somente na próxima terça-feira, 30, seguindo o calendário estabelecido pelo

Ministério da Saúde

Foi informado, também, que a rede pública de saúde dispõe, atualmente, de 19 vacinas, incluindo a que combate/previne o vírus Influenza, como a gripe H1N1.
Essa disponibilidade de vacinas segue o Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. “Contudo, somente durante a avaliação da caderneta de vacinação é que os profissionais de saúde podem indicar quais doses devem ser tomadas”, salientou a SES.

Para esta terceira etapa da campanha, o MS enviou ao Maranhão 1.569.600 milhão doses para a imunização. No sentido de controlar as aglomerações e ao mesmo tempo vacinar o maior número de pessoas entre o público-alvo, a Secretaria orientou os municípios a estabelecerem parcerias locais com instituições públicas e privadas a fim de descentralizar o máximo possível a vacinação para além das Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Conforme o MS, alguns grupos, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido ao vírus influenza. A vacinação, portanto, é considerada a intervenção mais importante na redução do impacto da gripe.

Terceira etapa

A terceira fase da imunização, no Brasil, começou no dia 11 e iria se estender até o dia 5 de junho, mas esse prazo foi prorrogado para 30 de junho. Segundo o calendário do Ministério da Saúde, do primeiro dia até 17 de maio, só puderam buscar sua dose crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (mães até o 45º dia do pós-parto). Do dia 18 de maio até o fim da vacinação contra a gripe, são incluídos professores e pessoas entre 55 a 59 anos. Com relação a essa faixa etária, foi a primeira vez que entrou na campanha.

Além disso, todas as outras pessoas contempladas nas outras fases do calendário de vacinação contra a H1N1 podem tomar suas doses. Crianças e mulheres grávidas fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina. Isso ocorre porque têm maior risco de sofrerem complicações com a gripe. Com relação às puérperas, além de apresentarem alterações no sistema imune que predispõem a sintomas graves, passam anticorpos contra a influenza para os recém-nascidos por meio da amamentação.

Já os professores entraram na lista pelo contato próximo com os jovens, grandes transmissores de infecções. Até o momento, 63,2 milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos estados para garantir a imunização do público-alvo da campanha. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição de 79 milhões de doses da vacina para as três fases.

Prorrogação e pandemia

A terceira etapa da campanha foi estendida para até o próximo dia 30 de junho. Segundo ressaltado pelo Ministério da Saúde, as pessoas que integram os grupos contemplados para a vacinação que, por algum motivo, perderam a oportunidade de receber a vacina nas fases anteriores, precisam comparecer aos postos para serem imunizadas. O órgão federal informou que o distanciamento social e a situação da pandemia do novo coronavírus no Brasil são fatores que têm gerado impactos na queda da cobertura vacinal no País.

“Muitas famílias ficam com receio de ir aos postos de saúde, mas temos orientado todas as equipes de saúde do país quanto às medidas de segurança para evitar infecções”, observou Ana Goretti, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Ela analisa que a redução na procura pelas vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) é preocupante e está sendo percebida pelo MS, para avaliar o que pode ser feito para modificar essa situação.

A campanha

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, coordenada pelo Ministério da Saúde, começou no dia 23 de março, e foi dividida em três etapas. Na primeira fase, que seguiu até o dia 15 de abril, foram imunizadas as crianças a partir de 6 meses de vida a menores de 6 anos, bem como idosos a partir dos 60 anos e os profissionais que trabalham na área da saúde. Somente na capital maranhense, foram disponibilizadas 68 salas de vacinação distribuídas nas unidades de saúde do município.

Neste ano, a campanha traz o conceito “Gripe. Tem que vacinar”. Também voltada para as outras duas fases, as peças destacam as datas de início da vacinação para cada grupo e chamam a atenção para a importância de se respeitar o calendário para que todos sejam imunizados.

Influenza e sintomas

Segundo o Ministério da Saúde, a Influenza é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade e distribuição global. Uma pessoa pode contrair várias vezes a doença ao longo da vida. Algumas pessoas apresentam o quadro febril no decorrer da evolução da enfermidade. Porém, esse sintoma é mais acentuado nas crianças. Os demais sinais são habitualmente de aparecimento súbito, como calafrios, mal-estar, cefaleia, mialgia (dor muscular), dor de garganta, artralgia (dor articular), prostração, rinorreia (corrimento nasal) e tosse seca.

Em outras pessoas, podem aparecer, ainda, diarreia, vômito, fadiga, rouquidão ou hiperemia conjuntival (olho vermelho). Os vírus influenza são transmitidos facilmente por aerossóis produzidos por pacientes infectados ao tossir ou espirrar. Segundo informado pelo Ministério da Saúde, existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O do tipo C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias.

“O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias. Os vírus influenza A são ainda classificados em subtipos de acordo com as proteínas de superfície, hemaglutinina (HA ou H) e neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam humanos. Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros”, esclareceu o MS.

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