Campanha

Quase 400 pessoas já foram vacinadas contra gripe no Bairro de Fátima

Campanha está em sua terceira etapa no Brasil, que será encerrada no dia 5 de junho; em São Luís, esta nova fase começou na segunda-feira, 18

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
No Centro de Saúde do Bairro de Fátima, movimentação de pessoas para se imunizar contra a gripe tem sido grande nos últimos dias
No Centro de Saúde do Bairro de Fátima, movimentação de pessoas para se imunizar contra a gripe tem sido grande nos últimos dias (Vacina)

São Luís - A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, coordenada pelo Ministério da Saúde (MS), está em sua terceira fase, que começou no último dia 11 de maio, em todas as unidades federativas do Brasil. Nesta etapa, serão imunizados gestantes, crianças de 6 meses a 5 anos, professores e outros públicos. Em São Luís, a imunização começou na segunda-feira, 18, e vai até 5 de junho. Somente no Centro de Saúde do Bairro de Fátima, já foram vacinadas 350 pessoas.

Como verificou O Estado no Centro de Saúde do BF, várias pessoas estão comparecendo para se imunizar. Na entrada, uma pequena fila se formou à tarde, mas com distância de segurança, para evitar aglomerações, medida que impede a disseminação do novo coronavírus, que se propaga por meio do contato, por espirros, apertos de mão e outras formas. Em dois turnos, há públicos específicos para serem imunizados, também com o mesmo propósito.

Seguindo orientações
De acordo com esclarecimentos de George Campos, diretor administrativo do Centro de Saúde do Bairro de Fátima, a unidade está obedecendo a todas as orientações que foram passadas pela Prefeitura de São Luís. Uma dessas medidas é a ordem alfabética e o padrão dos turnos matutino e vespertino. Ele disse que, de segunda-feira, 18, até essa quarta-feira, 20, haviam sido aplicadas 350 vacinas no local. Segundo explicou, a presença de pessoas lá está sendo muito grande.

“Nós estamos aproveitando para atualizar as carteiras de vacina. A imunização começa aqui às 7h30 e vai até as 11h40, pela manhã. À tarde, vai até as 17h. A campanha está sendo muito boa. A procura está sendo grande. Até o momento, está ocorrendo tudo dentro da normalidade, sem problemas”, pontuou George Campos.

No Centro de Saúde do BF, como nos demais locais de vacinação, estão sendo solicitados os seguintes documentos: caderneta de vacina, para as crianças; cartão da gestante ou cartão de vacina, para as grávidas; documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento do filho, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto), para as puérperas.

Bem como a Carteira de Identidade, para os adultos de 55 a 59 anos; crachá funcional, carteira do sindicato ou declaração, para os professores; e receita de medicação de uso contínuo ou relatório médico, para portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

Cronograma em São Luís
De acordo com a Prefeitura de São Luís, nos locais de vacinação situados na capital maranhense, está ocorrendo um cronograma. De manhã, das 8h às 12h, estão sendo imunizadas as crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e puérperas. À tarde, das 13h às 17h, o público-alvo são as pessoas com doenças crônicas, adultos de 55 a 59 anos e professores das escolas públicas e privadas. No entanto, existe um calendário por ordem alfabética, para evitar aglomerações, por conta do contágio pelo novo coronavírus.

No dia 18 e 19 de maio, foram vacinadas as pessoas cujos nomes começam com as iniciais A, B e C. Nessa quarta-feira, 20, e nesta quinta-feira, 21, as iniciais são D, E e F. Nos dias 22 e 25, as iniciais são G, H e I. Nos dias 26 e 27, as iniciais são J, K e L. Nos dias 28 e 29, as iniciais são M, N e O. Nos dias 1º e 2 de junho, as iniciais são P, Q e R. Nos dias 3 e 4, as iniciais são S, T, U e V. E, no dia 5, as iniciais são X, W, Y e Z.

Saiba Mais

Locais de vacinação

Em São Luís, os locais de vacinação são os seguintes: Centro de Saúde Paulo Ramos, no Centro; Centro de Saúde Bezerra de Meneses, no São Francisco; Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no Lira; Hospital Materno Infantil, no Centro; Centro de Saúde Clodomir Pinheiro Costa, no Anjo da Guarda; Centro de Saúde Valdecy Eleoteria Martins, na Vila Embratel; Centro de Saúde Yves Parga, na Vila Maranhão; Centro de Saúde Vila Nova, na Vila Nova; Hospital Aquiles Lisboa, no Bonfim; e Centro de Saúde da Vila Embratel.
Além do Centro de Saúde do Gapara; Centro de Saúde do Bairro de Fátima; Unidade Mista do Coroadinho; Centro de Saúde Doutor Antônio Guanaré, na Vila Conceição (Coroadinho); Unidade Mista do Bequimão; Centro de Saúde Amar, na Vila Vicente Fialho; Centro de Saúde da Radional; Centro de Saúde da Vila Lobão; Centro de Saúde do João de Deus; Unidade Mista do São Bernardo; Centro de Saúde da Santa Bárbara; Posto de Saúde do Coquilho; Centro de Saúde Doutora Nazaré Neiva, no São Raimundo; USF Ayrecila Novochadlo Olímpica II, na Cidade Olímpica; e USF Jailson Alves Viana Olímpica III.
Os outros locais são USF Santa Clara; USF Santa Efigênia; USF Pirapora, no Tirirical; Centro de Saúde da Vila Janaína; UBS Doutor Expedito Alves de Melo, na Alexandra Tavares; Centro de Saúde Cohab-Anil; Centro de Saúde Salomão Fiquene, no Cohatrac I; Centro de Saúde Djalma Marques, no Turu; CTA Anil, no Cruzeiro do Anil; Centro de Saúde da Itapera; Centro de Saúde do Quebra-Pote; Centro de Saúde Pedrinhas I; Centro de Saúde Pedrinhas II; Centro de Saúde do Tibiri; Centro de Saúde do Maracanã; Centro de Saúde do Coqueiro; USF Maria de Lourdes Rodrigues, no Rio Grande; e Centro de Saúde da Vila Itamar.
Além disso, estão vacinando nas escolas UEB Rosália Freire, na Vila Isabel; C.E. Nascimento de Moraes, no Vinhais; Escola Militar Tiradentes, na Vila Palmeira, e UEB Felipe Conduru, no São Cristóvão.

Terceira etapa

A terceira fase da imunização, no Brasil, começou no dia 11 e vai se estender até o dia 5 de junho. Segundo o calendário do Ministério da Saúde, do primeiro dia até 17 de maio, só puderam buscar sua dose crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (mães até o 45º dia do pós-parto). Do dia 18 de maio até o fim da vacinação contra a gripe, são incluídos professores e pessoas entre 55 a 59 anos. Com relação a essa faixa etária, foi a primeira vez que entrou na campanha.

Além disso, todas as outras pessoas contempladas nas outras fases do calendário de vacinação contra a H1N1 podem tomar suas doses. Crianças e mulheres grávidas fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina. Isso ocorre porque têm maior risco de sofrerem complicações com a gripe. Com relação às puérperas, além de apresentarem alterações no sistema imune que predispõem a sintomas graves, passam anticorpos contra a influenza para os recém-nascidos por meio da amamentação.

Já os professores entraram na lista pelo contato próximo com os jovens, grandes transmissores de infecções. Até o momento, 63,2 milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos estados para garantir a imunização do público-alvo da campanha. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição de 79 milhões de doses da vacina para as três fases. A imunização contra a gripe segue até o dia 5 de junho.

A campanha

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, coordenada pelo Ministério da Saúde, começou no dia 23 de março, e foi dividida em três etapas. Na primeira fase, que seguiu até o dia 15 de abril, foram imunizadas as crianças a partir de 6 meses de vida a menores de 6 anos, bem como idosos a partir dos 60 anos e os profissionais que trabalham na área da saúde. Somente na capital maranhense, foram disponibilizadas 68 salas de vacinação distribuídas nas unidades de saúde do município.

Neste ano, a campanha traz o conceito “Gripe. Tem que vacinar”. Também voltada para as outras duas fases, as peças destacam as datas de início da vacinação para cada grupo e chamam a atenção para a importância de se respeitar o calendário para que todos sejam imunizados.

Outras etapas

Na segunda etapa da campanha, que começou no dia 16 de abril, foram imunizados indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivo. Além de trabalhadores portuários, que se juntam ao grupo prioritário, formado por membros das forças de segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

A segunda fase da campanha seguiu até o dia 8 de maio. Também em função da vulnerabilidade dos povos indígenas, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a vacinação contra influenza desse público para o dia 16 de abril. Os indígenas receberam as equipes de vacinação em suas aldeias, que adotaram todas as medidas de prevenção e controle do novo coronavírus já estabelecidas pelo órgão. Em todos os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) do País, as vacinas seguiram até as aldeias de carro, de barco ou de avião, sempre observando as recomendações de conservação da temperatura e de armazenamento das doses.

A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de maio, de acordo com informações do Ministério da Saúde. A antecipação da campanha de abril para março ocorreu para proteger os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para Covid-19, já que os sintomas são parecidos.

E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. Estudos e dados apontam que casos mais graves de infecção por coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a 20,8 milhões de pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contemplou esse público.

Tipos de gripe

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão, segundo o Ministério da Saúde. O vírus Influenza propaga-se facilmente e é responsável por elevadas taxas de hospitalização no mundo.
Existem quatro tipos de vírus influenza: A, B, C e D. Os influenza A e B, geralmente, ocasionam as denominadas epidemias sazonais. O da categoria A é responsável pelas grandes pandemias.

Os vírus do tipo A são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves. As aves migratórias desempenham importante papel na disseminação natural da doença entre distintos pontos do globo terrestre. Eles são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de duas proteínas diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N). Dentre os subtipos de vírus influenza A, atualmente o A(H1N1)pdm09 e o A(H3N2) circulam de maneira sazonal e infectam as pessoas.

Alguns vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e outros.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.