Editorial

Em busca do benefício

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Diante da crise causada pelo novo coronavírus no Brasil, o trabalhador que tem direito ao Auxílio Emergencial e, até o momento, ainda não se inscreveu no programa é bom ficar atento: o prazo será encerrado no dia 2 de julho. Depois dessa data, o site e o aplicativo da Caixa Econômica Federal serão utilizados apenas para acompanhar o pagamento do benefício ou o processamento do pedido.

Sem acesso a meios digitais, a pessoa que ainda não conseguiu solicitar o Auxílio Emergencial, pode ir a uma agência dos Correios para fazer o cadastramento gratuitamente. Com o intuito de evitar aglomerações, foi estabelecido um calendário para a solicitação do cadastro do Auxílio Emergencial nas agências dos Correios, conforme o mês de nascimento do cidadão.

Em balanço, o Ministério da Cidadania informou que o governo federal já creditou R$ 87,8 bilhões para os beneficiários do Auxílio Emergencial, que somam 64,1 milhões de pessoas. A terceira parcela do benefício só começou a ser paga aos integrantes do Bolsa Família que se inscreveram para receber o auxílio - cerca de 19 milhões de pessoas. Esse grupo continua recebendo em um calendário de pagamentos que termina no próximo dia 30. Já o calendário de pagamento para os demais grupos ainda não foi informado pela Caixa Econômica Federal, responsável pela operacionalização do programa.

O governo diz que vai prorrogar o benefício para além das três parcelas previstas, mas precisa decidir por quanto tempo e qual o valor a ser pago. Caso essa prorrogação seja confirmada, o prazo de cadastramento poderá ser estendido. A ideia sobre prorrogação que mais agrada o governo é a de pagamento escalonado em valor decrescente, em três parcelas. O presidente Bolsonaro já disse que não é possível repetir o pagamento de R$ 600 em três parcelas.

E já que a Covid-19 continua sendo um dos assuntos mais abordados pela imprensa, maio de 2020 foi o mês com o maior número de registros de óbitos feitos por cartórios na história do Brasil. Até a manhã de ontem, 25, haviam sido registradas 123.861 declarações de pessoas que morreram em todo o Brasil, sendo 24.111 pela principal causa: a Covid-19. O número de mortes no mês passado representa uma alta de 13,1% em relação a maio de 2019, quando os cartórios registraram 109.479 declarações de óbito no Brasil.

Historicamente, o mês de julho é o que registra maior número de mortes no país devido à maior circulação de vírus respiratórios. Há, ainda, o fato de que problemas cardiovasculares são afetados por doenças virais respiratórias, e o aumento dessas doenças faz com que esse número fique ainda mais significativo em julho. Os dados, entretanto, ainda podem crescer, já que o Portal da Transparência da Arpen (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais) é abastecido com informações enviadas pelos cartórios que podem levar alguns dias para informar o óbito ao sistema nacional.

Para aumentar o diagnóstico do novo coronavírus no interior do país, foi lançado pelo Ministério da Saúde, pela segunda vez, o programa "Diagnosticar para Cuidar". Ao reciclar a estratégia, o ministério propôs a compra de novo tipo de exame de anticorpos e incluiu uso de critério clínico, ou seja, dispensando testes, para diagnosticar a doença.

Desde o começo deste mês o ministério vinha discutindo com estados e municípios, o uso deste tipo de diagnóstico. O procedimento hoje é feito como exceção em alguns locais do país. A tendência, na leitura de gestores do SUS, é que o número de casos confirmados da Covid-19 aumente. As análises por critério clínico consideram, por exemplo, tomografia, sintomas da doença e contato do paciente com pessoas infectadas pelo vírus. O diagnóstico precoce permite o iniciar o tratamento com medicamentos ainda numa fase inicial da doença.



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