Membros do Partido Democrático Trabalhista (PDT) rechaçaram a O Estado a hipótese de que a reunião da última sexta-feira (19) entre representantes da sigla e o pré-candidato a prefeito de São Luís, Neto Evangelista (DEM), tenha sido para tratar de uma possível indicação de vice na chapa. Segundo pedetistas, os problemas da cidade nortearam o encontro.

Um dos que recusaram a ideia de indicação no projeto democrata foi o presidente da Mesa Diretora da Câmara de São Luís, Osmar Filho (PDT). Segundo o parlamentar – que foi cogitado como pré-candidato em um projeto próprio da sigla para este ano na cidade – outros temas pautaram o debate. “Estávamos tratando da cidade. Analisando apenas o cenário político e em elaboração do plano de governo”, disse.

Outro integrante do PDT que esteve presente ao encontro do último fim da semana foi o vereador Raimundo Penha. De acordo com o parlamentar, a indicação do vice não foi pautada. No entanto, ele não afastou a possibilidade de conversa futura. “Não chegamos a tratar desse tema. É um processo longo. Tinha uma pré-candidatura, que retiramos. Então estamos na fase de construção da candidatura, ou seja, de elaboração de um plano para a cidade”, frisou.

Além de Penha e Osmar Filho, também estiveram no encontro os vereadores Ivaldo Rodrigues (PDT), Pavão Filho (PDT) e Nato Júnior (PDT). Em suas redes sociais e sem dar detalhes do teor do encontro, Neto Evangelista afirmou que o diálogo “foi considerado positivo”.

A inclusão do PDT no projeto democrata faz parte da construção de uma ampla chapa em prol de Neto Evangelista, visando um eventual segundo turno. Na visão do PDT, subir no mesmo palanque do DEM pode ser mais producente do que o lançamento de uma eventual candidatura própria.

Antes da promoção dos decretos de isolamento social pelo Governo do Maranhão que travaram as discussões acerca das pré-candidaturas em São Luís, alguns aliados do PDT cogitavam a possibilidade de lançar Osmar Filho como candidato.

Paralelamente a isso, em Brasília, a direção do PDT – representada pelo senador Weverton Rocha - estreitava os contatos com o DEM. O ex-coordenador da bancada maranhense, deputado Juscelino Filho (DEM) participou desta articulação, viabilizando encontros entre as direções do DEM e do PDT.

O entendimento entre as siglas e a constatação de que a pré-candidatura de Osmar Filho não continha lastro suficiente para ser lançado fizeram com que o próprio vereador fosse convencido de abrir mão do projeto.

Fator importante

Com a confirmação de que o PDT se unirá com o DEM na eleição majoritária na capital, a expectativa é pela manifestação política do atual prefeito da cidade, Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

O mandatário pode seguir dois caminhos: ou acompanhar a orientação da sigla e manifestar apoio a Neto, ou seguir orientação do Palácio dos Leões e encabeçar campanha de Rubens Pereira Júnior (PCdoB). Há ainda uma terceira hipótese, já considerada, que seria a de neutralidade. l

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Apoio

Outra sigla que se posicionou no jogo político visando à majoritária deste ano na capital foi o PMB (Partido da Mulher Brasileira). A sigla manifestou apoio à candidatura de Rubens Pereira Júnior de forma oficial ontem (22).

Com isso, o pré-candidato inclui – além do PCdoB – o DC e o PP (Progressista) no seu palanque. Aliados comunistas ainda têm esperança de que o PT seja o próximo a pular para o projeto que conta com o aval do Palácio.

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