Editorial

Retomando atividades

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Mais um fim de semana e mais pessoas nas ruas de São Luís demonstrando que o maranhense já retomou atividades de final de semana de trabalho e lazer após o longo período de isolamento social causado pela Covid-19. Mesmo com o relaxamento das medidas determinadas pelo governo para evitar a disseminação da doença, como o uso de máscaras de proteção - ainda exigida em alguns estabelecimentos -, não dá para ignorar o coronavírus, que trouxe diversos desdobramentos na saúde, na economia, e na sociedade, entre outros setores.

A boa notícia é que, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, está sendo registrada queda no número de leitos de UTI na capital, embora ainda seja alto o índice de contaminação pela Covid e mortes de pessoas em municípios. Com a reabertura do comércio, a população voltou a circular com maior intensidade. E no caso de São Luís, a Rua Grande, principal centro comercial da capital, é um grande exemplo.

E tudo indica que neste sábado e domingo (21) as praias deverão receber um grande público, possivelmente muito maior ao que ocorreu na semana passada, quando, definitivamente, as pessoas tomaram a decisão de se divertir alheias a qualquer ameaça à saúde. E como tem sido visto, a Avenida Litorânea deverá receber muita gente em caminhadas e os bares/restaurantes - ainda não liberados para voltar a funcionar - atendendo disfarçadamente, outros nem tanto, os consumidores com a venda de comidas e bebidas.

Como tem sido mostrado em matérias da imprensa, muitos argumentam que depois de três meses em isolamento social não dá mais para ficar em casa, é preciso retomar a agenda de compromissos e lazer mesmo sem as festas juninas, que tradicionalmente sempre atraíram os maranhenses para os arraiais espalhados pela cidade. É sempre bom lembrar que do ponto de vista epidemiológico, flexibilização das medidas de distanciamento social facilitam a disseminação de vírus respiratório e, portanto, podem levar a uma retomada do crescimento do número de novos casos.

Renovando esperanças e otimismo, uma outra boa notícia é que, pela primeira vez, a Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que centenas de milhões de doses de uma vacina contra o novo coronavírus possam ser produzidas ainda neste ano e outros 2 bilhões de doses até o fim do ano que vem. O desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa e de muitas incertezas.

A entidade já elabora planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses quando uma vacina for aprovada, segundo a OMS. A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outras doenças e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.

Cerca de dez imunizantes em potencial estão sendo testados em humanos, na esperança de que um possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção da Covid-19. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses de vacina antes mesmo de se provar que alguma funciona.

Mas muitos países já esperam desenvolvimentos até o fim do ano, até para evitar uma segunda onda da epidemia com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. Assim, os Estados Unidos esperam distribuir 300 milhões de doses em janeiro de 2021, por meio de projetos de financiamento a laboratórios. No caso, a intenção também é dar prioridade a idosos, cidadãos com histórico médico e trabalhadores essenciais.

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