Violência

Com 35 mortes, maio é o mês mais violento deste ano na Grande Ilha

SSP revela que no mês passado 35 pessoas foram assassinadas e nos cinco primeiros meses de 2020 já ocorreram 129 mortes violentas na região

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Dois jovens foram assassinados no bairro da Cidade Operária no último dia do mês passado
Dois jovens foram assassinados no bairro da Cidade Operária no último dia do mês passado (ASSASSINATO CIDADE OPERARIA )

São luís - O mês de maio, até o momento, pode ser considerado como o período deste ano mais violento na Grande Ilha. Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que no mês passado 35 pessoas foram mortas a tiros, por arma branca ou outros meios. Já ocorreram 129 casos de mortes violentas durante os cinco primeiros meses deste ano.

Um dos últimos casos de homicídio doloso do mês passado ocorreu na tarde do último domingo, 31, e teve como vítimas dois adolescentes. Um deles de 17 anos e o outro de 15. O crime ocorreu em plena via pública nas proximidades da Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop).
De acordo com a polícia, as vítimas estavam em uma motocicleta Suzuki vermelha, de placa não identificada, e estavam sendo perseguidas na área da Cidade Operária por dois homens, que também estavam em uma motocicleta. Nas imediações da delegacia desse bairro, os dois adolescentes foram baleados nas costas e vieram a falecer.

Os acusados tomaram rumo ignorado. No momento do crime, havia moradores no local, inclusive, idosos que ficaram apavorados. Os militares foram acionados e isolaram a área até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística (Icrim).

As equipes da Decop e da Superintendência de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP) também estiveram no local do crime. Foi constatado que uma das vítimas levou três tiros nas costas, enquanto a outra, dois.

Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga, para ser autopsiados e, em seguida, liberados para os familiares. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas até o começo da tarde não tinha registro de prisão dos acusados. A motivação desse crime não foi revelado pela polícia.

Investigação de feminicídio

A equipe do Departamento de Feminicídio, órgão da SHPP, ainda ontem estava investigando a morte de Joana Maria Diniz, de 66 anos. O crime ocorreu no último dia 26, na residência da vítima, localizada no Recanto dos Signos, área da Cidade Operária e o principal acusado é o vizinho da idosa.

Até a tarde de segunda-feira,1, não havia registro de prisão do criminoso. A polícia informou que testemunhas já foram ouvidas e ainda aguarda de resultado de exames periciais, que foram feitos pela Polícia Técnica no local do crime e no corpo da vítima.

A idosa foi encontrada morta pelos familiares e havia um pano enrolado no seu pescoço. Ainda segundo a polícia, no dia do crime, o acusado havia discutido com a irmã, e, logo após, pulou para o quintal de Joana Maria, onde realizou o ato criminoso. Na casa do acusado, a polícia encontrou símbolos que faz referência ao satanismo.

Números

Os dados da SSP ainda revelam que no mês passado na Grande Ilha somente homicídios dolosos foram 31 casos, apenas um latrocínio (roubo seguido de morte) e quatro mortes durante confronto policial. Enquanto, no mês de abril, o registro foi de 21 assassinatos.

Já o mês de janeiro contou com o registro de 28 mortes violentas e não houve crime de latrocínio. Fevereiro, 22 pessoas foram assassinadas a tiros ou por arma branca. Enquanto, março, a polícia registrou 23 mortes. Entre estes casos, 21 foram tipificados como crime de homicídio doloso e sendo que a maioria dos casos tendo participação de integrantes de facção criminosa.

Mortes violentas durante este ano na Grande Ilha

Janeiro: 28 casos

Fevereiro: 22 casos

Março: 23 casos

Abril: 21 casos

Maio: 35 casos

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