Governo

Medidas de prevenção salvam 1,5 mil a cada duas semanas, diz Dino

Segundo Dino, posicionamentos contrários ao isolamento e distanciamento sociais têm caráter mais ideológico que científico.

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Governador festejou adesão popular ao isolamento
Governador festejou adesão popular ao isolamento (Dino)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou na noite de quarta-feira, durante entrevista ao canal do Jornalistas Livres no YouTube, que pelo menos 1,5 mil pessoas deixam de morrer a cada duas semanas em virtude das ações de isolamento adotadas no estado como medidas não farmacológicas contra a expansão do novo coronavírus (Covid-19).

O comunista citou um estudo do professor Paulo Silva, maranhense que leciona no Departamento de Matemática da Unicamp, que aponta para esses dados.

“Há, também, um maranhense que é professor da Unicamp, chama Paulo [Silva], que é do Departamento de Matemática, [que] fez um estudo muito interessante, mostrando que, em 14 dias, as medidas preventivas, no caso do Maranhão, poupam 1,5 mil vidas. 1,5 mil pessoas deixam de morrer exatamente em razão da prevenção”, declarou o governador.

Segundo Dino, posicionamentos contrários ao isolamento e distanciamento sociais têm caráter mais ideológico que científico.

“Estranho é que há pessoas que, por motivos ideológicos, às vezes por belicismo, por falta mesmo de bom senso, acham que as medidas preventivas são dispensáveis, quando os indicadores mostram exatamente o contrário. Eu tenho estudos de professores aqui da Universidade Federal do Maranhão”, relatou.

O governador do Maranhão também comentou o resultado do bloqueio (lockdown) total na Região Metropolitana de São Luís, em vigor desde o dia 5 de maio. Para ele, mesmo sem maior rigor na fiscalização, ou de punição de eventuais desrespeitos ao decreto estadual, a adesão da população foi satisfatória.

"Saldo é positivo na medida em que houve uma alta adesão social. Não integral, naturalmente, porque é muito difícil obter uma adesão de 100%, até porque há as condições sociais de vida do povo, que também complicam: submoradia, palafita, favela, tudo isso são obstáculos concretos. Não é uma questão de a pessoa querer, ou não. É que é muito difícil, em razão da desigualdade social brutal que o Brasil tem. Então, você não pode encarcerar todo mundo. Eu era cobrado por isso, paradoxalmente. Havia vozes aqui, que são contra o governo, e que achavam que eu tinha que sair prendendo todo mundo no meio da rua”, completou.

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