Editorial

Previsão preocupante

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

O Maranhão está entre 16 estados brasileiros que, até o momento, não conseguiram controlar a Covid-19, conforme estudo divulgado pelo Imperial College, de Londres. A universidade britânica, que é referência em medicina e ciência, aponta que diminuição da mobilidade da população ajudou a diminuir o número de reprodução do vírus, mas não foi o suficiente para impedir a subida da curva. A previsão para os próximos dias é preocupante.

A pesquisa analisou os números de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. E a conclusão é que a pandemia continuará a crescer com base na análise da taxa de reprodução, ou seja, uma pessoa ainda contamina mais de um indivíduo.

Ainda que a epidemia brasileira seja relativamente incipiente em escala nacional, os números sugerem que “são necessárias novas ações para limitar a disseminação e evitar a saturação do sistema de saúde", diz o estudo. Segundo a universidade, essas tendências estão em "contraste gritante" com os números de países na Europa e na Ásia onde "medidas de isolamento reforçadas levaram a taxa de reprodução para abaixo de 1.

O Imperial Colllege ressalta que a importância das intervenções empregadas até o momento permanecem aquém dos amplos e obrigatórios lockdowns implantados na Ásia e na Europa, que se mostraram altamente efetivos em conter a disseminação do vírus. A universidade estima que, dos 16 estados analisados, o Pará tem a taxa de reprodução do vírus mais elevada (1,90), seguido por Ceará (1,61), Amazonas (1,58), Espírito Santo (1,57) e Maranhão (1,55). São Paulo e Rio de Janeiro têm, respectivamente, índices de 1,47 e 1,44.

Esses resultados ilustram que a proporção da população já infectada e potencialmente imune continua baixa. Para se alcançar a chamada “imunidade de rebanho”, é necessário que pelo menos 70% das pessoas tenham sido infectadas.

O relatório também compara a situação do Brasil com a Itália, onde medidas mais restritivas foram mais eficazes na redução da taxa de reprodução do Sars-CoV-2 para abaixo de 1. Na ausência de grandes intervenções adicionais, é esperado um aumento substancial da pandemia nos 16 estados analisados.

Para reforçar o lockdown na Ilha de São Luís - como medida para evitar a disseminação da Covid - começou a vigorar ontem o rodízio de veículos na capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, conforme anunciou o governador Flávio Dino na semana passada. A medida, que se estenderá até quinta-feira, 14, define que na segunda, 11, e na quarta-feira, 13, poderão circular apenas os veículos com placa de final ímpar. Na terça-feira, 12, e quinta-feira, 14, é a vez dos veículos com placa de final par.

Carros de transporte por aplicativo, táxis e veículos de empresas de serviços essenciais não entram no rodízio, mas os trabalhadores dos serviços essenciais não poderão utilizar carros particulares para o deslocamento. Em caso de descumprimento, o veículo poderá ser multado de acordo com o artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que determina punição por transitar em locais e horários não permitidos. O valor da multa será de R$ 130,16 e o motorista pode perder quatro pontos na carteira.

Em tempos de pandemia, uma boa notícia: ontem foi iniciada a terceira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. De acordo com o Ministério da Saúde, ela será dividida em duas etapas. A primeira vai até 17 de maio e tem como público-alvo pessoas com deficiência; crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes; e mães no pós-parto até 45 dias. Na segunda etapa, a partir do dia 18 de maio e até 5 de junho, serão incluídos professores de escolas públicas e privadas e adultos de 55 a 59 anos de idade.



Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.