Repercussão

Flávio Dino comenta demissão de Moro e fala em impeachment de Bolsonaro

Governador do Maranhão classificou de depoimento das declarações de Sergio Moro a impressa e disse que aparelhamento política da Polícia Federal se configura em crime

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Flávio Dino acredita que fala de Moro é prova contra Bolsonaro
Flávio Dino acredita que fala de Moro é prova contra Bolsonaro (Dino)

O governador Flávio Dino (PCdoB) fez uma série de comentários sobre o anúncio do pedido de demissão do ministro da Justiça, Sergio Moro. Segundo o comunista, o que o ex-juiz declarou se configura prova em um processo de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido).

Ainda de acordo com Dino, Moro deu um depoimento que constitui provas de crime de responsabilidade contra a probidade na Administração.

"O depoimento de Moro sobre aparelhamento político da Polícia Federal como base para o ato de exoneração do delgado Valeixo constitui forte prova em processo de impeachment", escreveu o governador do Maranhão.

Sergio Moro declarou, no fim da manhã desta sexta-feira, 24, que deixa o Ministério da Justiça e da Segurança Nacional após discordar dos motivos do presidente Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal.

Em resumo, Moro afirmou no pronunciamento que:

  • foi surpreendido pela publicação no "Diário Oficial" da demissão do diretor-geral da Polícia Federal;
  • que o presidente Jair Bolsonaro não apresentou um motivo específico para demitir Mauricio Valeixo;
  • que a demissão de Valeixo não foi feita "a pedido", conforme publicou o "Diário Oficial" e nem ele, Moro, assinou a demissão, embora o nome do então ministro apareça na publicação;
  • que Bolsonaro admitiu que a mudança é uma interferência política porque pretende ter na PF alguém que lhe dê informações sobre investigações e inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal; para Moro, isso não é atribuição da PF;
  • que ao assumir o posto de ministro, depois de deixar 22 anos de magistratura, Bolsonaro havia prometido "carta-branca" para escolher e nomear auxiliares.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.