WASHINGTON O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que pediu ao seu gabinete que crie um plano para injetar dinheiro na combalida indústria petrolífera do país para ajudá-la a sobreviver ao colapso histórico no preço do petróleo.
“Jamais decepcionaremos a grande indústria de petróleo e gás dos EUA. Instruí o secretário de Energia e o secretário do Tesouro a formularem um plano que disponibilizará fundos para que estas empresas e empregos muito importantes fiquem protegidos em um futuro distante!”, tuitou Trump.
Do Texas ao Wyoming, companhias de petróleo e gás norte-americanas vêm lutando para evitar a falência em meio às ordens de confinamento domiciliar e interdições dos negócios em todo o mundo em reação ao surto de coronavírus.
Os futuros de petróleo cru dos EUA desmoronaram a ponto de serem negociados em cifras negativas na segunda-feira – negociadores desesperados pagaram para se livrar de barris devido à falta de espaço de armazenamento.
Empréstimos
Na semana passada, o secretário de Energia, Dan Brouillette, disse que está trabalhando com o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, para quase dobrar o limite de empréstimos disponíveis para empresas de energia de médio porte do país por meio do pacote de estímulo recém-aprovado de 200-250 milhões de dólares conhecido como Lei Cares.
Ele acrescentou que ele e Mnuchin também pretendem trabalhar com bancos reguladores na esperança de assegurar o acesso contínuo ao crédito para a indústria de petróleo e gás, que se estima dever mais de 200 bilhões de dólares a credores por meio de empréstimos lastreados em reservas de petróleo e gás.
Lucros em queda
Com o lucro despencando e os ativos perdendo valor, algumas companhias estão dizendo que podem não conseguir pagar.
A Whiting Petroleum foi a primeira grande produtora a pedir uma reformulação de sua dívida em 1º de abril. Outras, como Chesapeake, Denbury Resources e Callon Petroleum contrataram especialistas em dívidas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mais a Rússia, anunciou recentemente cortes de produção de quase 10% do suprimento global. A demanda caiu até 30%.
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