Pandemia

Itália fecha portos a navios de imigrantes devido ao coronavírus

Decisão foi tomada na terça-feira depois que um navio do grupo não governamental alemão Sea-Eye recolheu cerca de 150 pessoas no litoral da Líbia e seguiu para a Itália

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Navio de governamental alemão Sea-Eye recolheu cerca de 150
Navio de governamental alemão Sea-Eye recolheu cerca de 150 (NAVIO ITALIA )

ROMA - Os portos italianos não podem ser considerados seguros por causa da epidemia do novo coronavírus e não deixarão navios de imigrantes operados por instituições de caridade atracarem, decretou o governo.

A decisão foi tomada na noite de terça-feira depois que um navio operado pelo grupo não governamental alemão Sea-Eye recolheu cerca de 150 pessoas no litoral da Líbia e seguiu rumo à Itália.

“Durante toda a emergência nacional de saúde causada pela disseminação do vírus da Covid-19, os portos italianos não podem garantir os requisitos necessários para serem classificados e definidos como um local seguro”, informou o decreto.

A emergência nacional deve vigorar até 31 de julho, mas o prazo pode ser prorrogado.
O decreto de terça-feira foi assinado pelos ministros do Interior, das Relações Exteriores e dos Transportes, além do titular da Saúde, Roberto Speranza, saído de um partido de esquerda que sempre apoiou a proteção aos imigrantes e operações humanitárias.

Após uma diminuição relativa nas chegadas de navios de imigrantes da África, os números começaram a subir novamente nos dois primeiros meses do ano, mas recuaram acentuadamente em março, quando a Itália foi atingida pela epidemia de coronavírus.

Mortes na Itália

Um total de 17.127 pessoas já morreram do vírus no país, a cifra mais alta do mundo, e 135.586 casos foram confirmados desde que o surto veio à tona no dia 21 de fevereiro.
Navios de instituições de caridade que patrulham frequentemente o litoral da Líbia para tentar resgatar imigrantes de barcos frágeis inicialmente se retiraram do Mediterrâneo no começo da crise de saúde, mas o navio Alan Kurdi da Sea-Eye voltou à área na semana passada.
“Mesmo que a vida na Europa quase tenha parado, os direitos humanos precisam ser protegidos”, disse o grupo no Twitter.

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