Imunização

Vacina contra Influenza será iniciada nesta segunda-feira no Maranhão

A campanha começaria em abril, mas foi antecipada pelo Ministério da Saúde devido à pandemia de coronavírus, apesar de a vacina não ser eficaz contra a Covid-19

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Vacinação vai atender a idosos nesta primeira etapa da ação
Vacinação vai atender a idosos nesta primeira etapa da ação (Vacinação)

SÃO LUÍS- Será iniciada, nesta segunda-feira, 23, a campanha de vacinação contra a Influenza, no estado do Maranhão, após antecipação feita pelo Ministério da Saúde, devido ao surto de H1N1, também conhecida como Influenza A ou gripe suína. Nesta primeira fase, serão imunizadas as crianças a partir de 6 meses de vida a menores de 6 anos, bem como idosos a partir dos 60 anos e os profissionais que trabalham na área da saúde. Somente na capital maranhense, serão disponibilizadas 68 salas de vacinação, distribuídas nas unidades de saúde do município.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), as vacinas já estão nos postos de saúde de São Luís. Os técnicos e profissionais da rede municipal, inclusive, receberam treinamento e estão sendo imunizados. Foram entregues, inicialmente, 85 mil doses, pelo menos até a última sexta-feira, 20, segundo divulgado pelo órgão. Serão distribuídos mais de 54 mil para as unidades de saúde localizadas na capital maranhense.

No decorrer da campanha, estima-se que a Coordenação de Imunização da Semus receba cerca de 290 mil doses da vacina.

Locais de vacinação
Segundo o secretário Lula Fylho, da Semus, as 12 unidades de saúde que funcionam com horário estendido, ou seja, das 7h às 18h de segunda a sexta e das 7h ao meio-dia, aos sábados, também serão pontos de vacinação. Esses locais são Centro de Saúde Clodomir Pinheiro Costa (no Anjo da Guarda), Centro de Saúde São Raimundo, Unidade de Saúde da Família do São Francisco, Centro de Saúde Cohab Anil, Unidade Básica de Saúde Cintra (Anil), Centro de Saúde Santa Bárbara, Centro de Saúde Turu, Centro de Saúde Vila Nova, Centro de Saúde Fabiciana Moraes (Habitar Nice Lobão), Centro de Saúde Genésio Ramos Filho (Cohab), Centro de Saúde Dr. Antônio Carlos Sousa Reis (Cidade Olímpica I) e Centro de Saúde Vila Bacanga (em breve).

Além desses, também serão locais de vacinação o Centro de Saúde Paulo Ramos, no Centro da cidade, e Centro de Saúde do Bairro de Fátima, assim como as Unidades Mistas de Saúde, como a do Coroadinho. Conforme Charlene Luso, coordenadora de Imunização da Semus, a vacinação contra gripe irá prevenir a aparição da influenza H1N1, além de combater a H3N2, que é um dos subtipos do vírus influenza A, e a influenza tipo B.

“Por essa razão, é muito importante que os grupos comparecem às fases da campanha e recebem a vacina", salientou Charlene Luso. Importante destacar que essa primeira fase da campanha se estenderá até o próximo dia 22 de abril.

Outras etapas
Na segunda etapa da campanha, que começa dia 16 de abril, entram os professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, além dos doentes crônicos. A partir de 9 de maio, “Dia D” de vacinação, serão imunizadas as crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães no pós-parto (até 45 dias após o parto), população indígena e portadores de condições especiais. A campanha seguirá até o dia 23 de maio.

A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de maio, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Para isso, foram adquiridas 75 milhões de doses da vacina, que já estão sendo enviadas aos estados. A antecipação da campanha de abril para março ocorreu para proteger os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para Covid-19, já que os sintomas são parecidos.

E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. Estudos e dados apontam que casos mais graves de infecção por coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a 20,8 milhões de pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contempla esse público.

Sobre o H1N1

A H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010. Os sintomas da Influenza A são bem parecidos com os da gripe comum, e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo ser fatal. O vírus vive por duas a oito horas em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de contaminação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Center for Deseases Control (CDC), o centro de controle de doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius). Acredita-se que a H1N1 possa ser transmitida da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa, especialmente por meio de tosse ou espirros das pessoas infectadas.

Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou o nariz.

Como as crianças pequenas convivem em ambientes fechados em parte significativa do tempo, a transmissão do vírus entre elas fica facilitada. Os bebês não amamentados ao seio são mais propensos a pegar a gripe do que os bebês que são amamentados. O risco de complicações da gripe H1N1 é maior em crianças menores. A aglomeração em berçários, creches ou salas de aula facilita a transmissão do vírus. A melhor maneira de protegê-las contra influenza sazonal e potenciais complicações graves é a vacinação anual, que é recomendada a partir do 6º mês de vida até os cinco anos.

Por essa razão, e principalmente em períodos frios, os cuidadores e professores devem estar conscientizados e capacitados para observar se, na creche ou escola, há crianças com tosse, febre e dor de garganta e informar aos pais quando apresentarem os sintomas sugestivos de gripe. Devem, também, notificar as autoridades de saúde caso observem um aumento do número de crianças doentes com gripe ou com absenteísmo pela mesma causa.

O contato entre elas deve ser evitado. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão do problema. O seu retorno às atividades só deve acontecer 24 horas após o desaparecimento da febre.

A prevenção da gripe H1N1 segue as mesmas regras da prevenção de qualquer tipo de gripe, que incluem: evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada; lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca; sempre que possível, ter um frasco com álcool em gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas; manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.