Pandemia

OMS: países devem tomar as medidas mais ambiciosas possíveis

Diretores da Organização Mundial da Saúde pediram medidas enérgicas para os países no combate ao coronavírus; testes para identificar indivíduos infectados foram recomendados

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Organização Mundial de Saúde fez recomendações para governantes
Organização Mundial de Saúde fez recomendações para governantes (OMS)

LONDRES - Diretores da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa pediram nesta terça-feira, 17, que os países adotem as medidas mais ambiciosas possíveis para evitar o crescimento da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista coletiva, dirigentes da entidade reforçaram a recomendação de que é preciso realizar testes para identificar indivíduos contaminados e isolar os infectados.

"Todos os países, sem exceção, precisam adotar as ações mais ambiciosas para parar ou frear a ameaça do coronavírus. Ações ambiciosas incluem ações comunitárias. Pensar 'isso não me diz respeito' não é uma opção", afirmou o diretor regional da OMS na Europa, Hans Kluge, lembrando que a região é o epicentro da pandemia. Na região, são mais de 63 mil contágios e 2.738 mortos
Kluge também enfatizou a necessidade de reduzir a epidemia de informações falsas sobre o coronavírus. "Todos nós temos um papel para conter esse surto. Temos de dar o exemplo". As autoridades exaltaram a atuação da China, que adotou medidas restritivas e tem conseguido conter o avanço do vírus.

Os especialistas destacaram a necessidade de diagnosticar os pacientes com testes, fortalecer a capacidade dos sistemas públicos de saúde dos países, colocar os infectados em quarentena e mobilizar toda a comunidade. A nova contagem da OMS indica que mais de 7 mil pessoas já morreram em decorrência do coronavírus, que está em 142 países.

"Recomendamos o cancelamento de eventos, manifestações e o isolamento social. É preciso sempre lembrar que aqueles que estão doentes precisam ser isolados e identificar de onde veio a contaminação", afirmou Dorit Nitzan, coordenadora de operações de emergência da OMS na Europa.

Nitzan ressaltou que hospitais devem priorizar atendimentos aos que necessitam diante da superlotação em algumas regiões. "Precisamos de abordagens inovadoras para garantir que todos que precisam de atenção a tenham. Já vimos testes por drive through", exemplificou.
Os diretores da entidade também afirmaram que aprendem diariamente sobre o coronavírus e que os avanços devem ser compartilhados. "Estamos aprendendo a cada dia e em todos os campos", disse Kluge.

BC dos EUA

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou nesta terça-feira, 17, um instrumento de financiamento "Commercial Paper" (CPFF, na sigla em inglês) para apoiar o fluxo de crédito para pessoas e empresas. "Os mercados de commercial papers financiam diretamente um grande espectro da atividade econômica, fornecendo crédito e financiamento para empréstimos e hipotecas, bem como liquidez para atender às necessidades operacionais de uma série de companhias", afirma o Fed em comunicado no seu site.

O BC dos Estados Unidos diz que, para garantir o bom funcionamento desse mercado, especialmente em momentos de mais dificuldades, está fornecendo crédito para apoiar famílias, empresas e empregos pelo país. O BC americano informa que o mercado de commercial papers tem estado sob "considerável pressão" nos últimos dias, conforme as empresas e as pessoas físicas enfrentam mais incerteza, diante da pandemia de coronavírus.

O Tesouro destinará US$ 10 bilhões de proteção ao crédito para o Fed, em conexão com o instrumento lançado a partir do Fundo de Estabilização Cambial do Tesouro (ESF, na sigla em inglês), informa o comunicado.

O BC norte-americano então fornecerá financiamentos por meio do veículo de propósito especial (SPV, na sigla em inglês), no âmbito do CPFF, e seus empréstimos estarão garantidos por todos os ativos do SPC, explica o Fed.

Eleições democratas

Mesmo diante da pandemia de coronavírus, o Partido Democrata realiza nesta terça-feira, 17, primárias em três Estados: Flórida, Arizona e Illinois. Em Ohio, que faria a quarta prévia do dia, o governador Mike DeWine ordenou o fechamento dos locais de votação, contrariando uma decisão da Justiça que dizia que o pleito deveria seguir normalmente.

DeWine, que é republicano, afirmou que a diretora de saúde do Estado, Doutora Amy Acton, havia emitido o pedido com base em preocupações de que o surto de coronavírus colocasse eleitores e trabalhadores em risco em potencial.

O anúncio do cancelamento das eleições foi feito poucas horas depois que o juiz Richard A. Frye, do Tribunal de Comuns do Condado de Franklin, rejeitou o pedido do Estado de adiar a votação para 2 de junho. Ohio já registra 50 casos de coronavírus, segundo dados oficiais.
"Durante esse período em que enfrentamos uma crise de saúde pública sem precedentes, a realização de uma eleição forçaria os trabalhadores e eleitores a se colocarem em um risco inaceitável para a saúde de contrair o vírus da coronavírus", disse DeWine

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