Surto

Missão que investigará coronavírus começa no fim de semana

Trabalho se concentrará em como o novo coronavírus está se espalhando e na gravidade da doença, disse o diretor da OMS

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Missão buscará mais detalhes sobre como profissionais de saúde foram infectados pelo vírus
Missão buscará mais detalhes sobre como profissionais de saúde foram infectados pelo vírus (Coronavirus)

Genebra - Uma missão conjunta liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com a China começará seu trabalho de investigação do surto neste fim de semana e se concentrará em como o novo coronavírus está se espalhando e na gravidade da doença, disse o diretor da OMS na sexta-feira, 14.

A missão também buscará mais detalhes sobre como, onde e quando os mais de 1.700 profissionais de saúde infectados até agora contraíram o novo vírus. “Esperamos que a equipe completa chegue no fim de semana”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a repórteres.

“Será dada especial atenção à compreensão da transmissão do vírus, da gravidade da doença e do impacto das medidas de resposta em andamento.”

As autoridades chinesas registraram 5.090 novos casos na China continental na sexta-feira, incluindo mais 120 mortes, elevando o número total de infectados para 63.851, e o número de mortes pela doença, agora chamada COVID-19, para 1.380.

Impacto

Autoridades prometeram fazer mais para estimular as economias impactadas pelo vírus, o que ajudou as bolsas de valores da Ásia a registrarem ganhos, e as ações chineses obtiveram seu primeiro ganho semanal em quatro semanas.

A Comissão Nacional de Saúde da China disse que registrou 121 novas mortes e 5.090 novos casos de coronavírus na parte continental do país na quinta-feira, levando o número total de infectados para 63.851.

Cerca de 55.748 pessoas estão recebendo tratamento, enquanto 1.380 morreram por causa do vírus que surgiu em dezembro em Wuhan, capital da província de Hubei, região central do país. Os dados mais recentes levam em conta algumas mortes que foram contadas em duplicidade em Hubei, disse a comissão.

O vice-ministro da comissão de saúde chinesa, Zeng Yixim, disse que 1.716 trabalhadores da área da saúde foram infectados e seis morreram até a terça-feira, com o número de funcionários infectados crescendo. “As obrigações dos trabalhadores médicos na linha de frente são, de fato, muito pesadas; as condições de trabalho e de descanso deles são limitadas, as pressões psicológicas são gigantescas, e o risco de infecção é alto”, disse Zeng em entrevista coletiva.

Autoridades chinesas e hospitais têm repetidamente falado da falta de equipamentos de proteção, incluindo máscaras. Os novos dados de infecções totais não davam sinais de que o surto está se aproximando de um pico, disse Adam Kamradt-Scott, especialista em doenças infecciosas do Centro de Estudos em Segurança Internacional da Universidade de Sydney.

“Baseado na tendência atual de casos confirmados, isso parece ser uma clara indicação de que, embora as autoridades chinesas estejam fazendo seu melhor para evitar a disseminação do coronavírus, as medidas bastante drásticas que eles implementaram até agora parecem ter sido muito pouco, muito tarde”, disse.

Cientistas chineses estão testando dois medicamentos antivirais e resultados preliminares devem sair em semanas, ao passo que o chefe de um hospital em Wuhan disse que a infusão de plasma de pacientes recuperados mostraram alguns resultados preliminares animadores.

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