Entrevista

Moro diz que apoiará reeleição de Jair Bolsonaro em 2022

Em entrevista ao programa Pânico, ministro da Justiça falou ainda sobre permanência no primeiro escalão do Governo Federal, a divisão da pasta que comanda e a decisão do STF que levou Lula a liberdade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Sergio Moro garante que não haverá mais divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública
Sergio Moro garante que não haverá mais divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Sergio Moro)

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ontem, em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, que não há motivo para deixar o governo e que irá apoiar o presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

No tom do programa humorístico, Moro afirmou que "é o segundo Dia do Fico".

A frase é uma alusão ao episódio da história do Brasil no qual Dom Pedro 1º recusou-se a voltar a Portugal, que ficou conhecido como "Dia do Fico".

Indagado se há atrito com o presidente Bolsonaro e se pretende concorrer ao posto de presidente nas próximas eleições, Moro disse que irá apoiar o atual mandatário por "questão de lealdade".

Moro também foi questionado sobre a possível separação do Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas. O ministro afirmou: "Não acho a ideia boa". Segundo ele, os ministérios juntos são mais fortes.

O ex-juiz desconversou quando indagado se estaria "tudo bem" caso a separação ocorra e disse que para ele o assunto está encerrado após Bolsonaro dizer que há "chance zero" de a mudança ocorrer em breve.

Conforme o jornal Folha de S.Paulo revelou um dia antes, o pedido de recriação da pasta da Segurança Pública foi articulado com Bolsonaro antes de sua reunião com secretários estaduais da área, o que reacendeu o processo de fritura do ministro da Justiça.

STF
Moro foi questionado sobre a possibilidade de ser indicado por Bolsonaro a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) e respondeu que essa é uma "perspectiva interessante".

Em novembro, a aposentadoria compulsória de Celso de Mello abrirá uma vaga no Supremo, que seria de Moro segundo acordo que Bolsonaro depois desmentiu.

O presidente também tem afirmado que pretende indicar alguém "terrivelmente evangélico", dando a entender que pode nomear o atual ministro da Advocacia-Geral da União, André Luiz Mendonça.

Moro criticou ainda a proposta de adoção de um rodízio de juízes em comarcas pequenas para viabilizar a implantação do mecanismo do juiz das garantias no sistema judicial brasileiro. O ministro disse que a Justiça não é "rodízio de pizza".

Questionado sobre a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a mudança de orientação do STF sobre a prisão de condenados em segunda instância, Moro disse que o correto era Lula ter saído após cumprir a pena e a decisão do Supremo foi um retrocesso.

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