O presidente Jair Bolsonaro participou na manhã deste domingo, 26, da cerimônia do Dia da República da Índia, a principal data nacional do país. Com forte esquema de segurança e realizada na principal avenida da cidade, é uma celebração para destacar os valores, a cultura e as conquistas do povo indiano. Bolsonaro foi o convidado de honra do primeiro-ministro Narendra Modi - todo ano um líder internacional é escolhido.
O Exército, a Marinha e as Forças Armadas da Índia também foram exaltadas na larga esplanada Rajpath, onde ficam importantes edifícios públicos de Nova Délhi. A segurança do evento foi feita com drones, dez mil guardas, bloqueios de avenidas, ruas e alamedas. Em alguns momentos, o desfile lembrou os das escolas de samba do carnaval brasileiro.
Carros alegóricos exaltavam elementos dos diferentes Estados que integram a Índia, um país continental multicultural de 1,3 bilhão de habitantes. A transmissão do evento foi realizada por vários canais locais e foi o assunto mais comentado no Twitter indiano. O rosto do presidente, que sentou ao lado de Modi, foi mostrado diversas vezes. Devido ao fuso de oito horas e meia e à agenda intensa, ele aparentava cansaço.
Símbolos da arquitetura milenar, camelos com ornamentos, elementos da gastronomia, músicas típicas, malabaristas, acrobacias e apresentações com roupas características foram os pontos altos do desfile. Helicópteros e caças fizeram acrobacias sobre a esplanada e animaram a população local com voos rasantes
Avaliação
Questionado ao final do evento sobre o que achou do poderio militar indiano, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "os de ponta não estavam ali". "Todo mundo sempre esconde essa questão. Mas é um país nuclear, graças obviamente ao seu poderio, é um país que ajuda a decidir o futuro da humanidade".
O presidente disse que a Índia "não chega às últimas consequências" com países da região "certamente pelo poderio bélico", mas negou o interesse em armas nucleares. "Está na nossa Constituição que abdicamos da energia nuclear a não ser para fins pacíficos." Apenas nove países têm armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte.
Bolsonaro está na Índia desde sexta-feira, onde assinou 15 acordos bilaterais, visitou o memorial do líder pacifista Mahatma Gandhi, conheceu um bazar turístico e participou do Dia da República. A agenda termina na segunda-feira, com um encontro com empresários e uma visita ao monumento Taj Mahal.
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