Editorial

Cuidado com o fake

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Um dos pontos mais fortes das Eleições 2020, que ainda começam a se desenhar no mundo real, são as redes sociais, onde pode-se dizer que já "começaram a rolar" há algum tempo. A internet revolucionou a política, e levou para seu espaço, quase infinito, a discussão a cerca da administração pública, quer seja do município, estado ou nação. Nos últimos tempos, programas de TV e inserções não têm mais destaque, é no mundo virtual que tudo se desenha. O que o povo quer mesmo é tratar do assunto no meio cibernético.

Nas eleições nacionais, as discussões foram acirradas, com troca de farpas e bombas estourando para todos os lados. Imagina-se que em nível municipal, não vá ser muito diferente. Mas, assim como acontece no mundo real, a internet tem um mundo de criminosos, que atuam apenas para disseminar o mal. São as fake news.

As notícias falsas estão espalhadas por toda parte. Falam dos mais variados temas e envolvem as pessoas em uma teia confusa e, às vezes, complexa de ser desmascarada. E, quando o assunto é política, tudo fica mais complicado.

A questão é, como ter certeza que aquela informação que chegou ao seu celular, como fidedigna, é mesmo verdadeira? Como não entrar no jogo sujo, propagado por pessoas inescrupulosas, no afã de angariar mais votos para seu candidato?

O principal a se lembrar é que nem tudo o que se lê na internet é verdadeiro, a linha entre a verdade e a mentira é tênue, existe partidarismo, jogo de interesses, manipulação de informações, fatos e boatos.

Não adianta esperar que a internet crie as ferramentas que podem filtrar ou denunciar este tipo de ação abominável. É mais do que importante e necessário, que cada pessoa entenda, o impacto que uma notícia falsa pode trazer para a sociedade.

Ainda que represente o elo mais fraco da cadeia comandada por facínoras e executada por hackers, a população tem o principal papel, podendo dar cabo desse desserviço, quando simplesmente não se deixa levar pela primeira informação que recebe.

Cabe à população duvidar, questionar, checar e nunca passar adiante um informe do qual não tem certeza ou até imaginava que poderia não ser verdade. Disseminar mentiras nas redes é crime.

Na dúvida, siga alguns passos básicos que poderão garantir paz de espírito e nenhum problema com a lei, sobretudo em ano de eleição.

Tente saber qual é a reputação da fonte da notícia, se ela é realmente confiável. Se tem CNPJ ou jornalista responsável pelo conteúdo, caso esteja com link de sites e blogs.

Verifique se se trata de um artigo opinativo ou de uma matéria jornalística que ouviu todos os lados e oferece as fontes da informação com links para que você possa consultar.

A informação é passível de discussão jurídica? Pode caluniar ou difamar alguém? Lembre-se que você pode sim ser processado por uma notícia falsa compartilhada mesmo que não seja você o autor dela. O simples fato de compartilhar uma calúnia pode lhe causar problemas jurídicos.

Desconfie de notícias que vem com fontes de nomes como renomados médicos ou especialistas. Pesquise na internet se esses especialistas existem mesmo e se são referências em seu setor.

Notícias que vem com reforço para você compartilhar nas redes sociais também são suspeitas. Porque o autor da fake news quer que mais pessoas leiam a mentira. Pesquise em mais de uma fonte, veja se grandes veículos de comunicação repercutiram aquela história e principalmente busque o contraditório, ou seja, pessoas que publicaram aquele mesmo conteúdo, mas sob uma ótica diferente. Reflita sobre a real importância daquilo e principalmente qual impacto pode trazer. Crie a sua opinião e ponto de vista e não deixe que criem isso por você. Tenha sempre cuidado com o que compartilha todo o tempo.

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