Descarte irregular

Lixões ocupam avenida e ruas nos bairros São Francisco e Ilhinha

Apesar da existência de um Ecoponto e contêineres nesses bairros, além da coleta regular por parte da Prefeitura, moradores insistem em descartar de forma irregular o lixo, causando problemas ao meio ambiente e à saude

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Lixo descartado de forma irregular por moradores, na rua 6, no bairro São Francisco
Lixo descartado de forma irregular por moradores, na rua 6, no bairro São Francisco (lixo)

Diversos pontos de lixões existem ao longo da avenida Ferreira Gullar, no bairro Ilhinha, mesmo tendo nessa área uma coleta regular de resíduos como ainda um dos postos do Ecoponto. Muitas pessoas preferem fazer o descarte de forma irregular e acaba criando os lixões, que deixam a localidade com aspecto de descaso.

Um desses lixões está localizado no canteiro da Ferreira Gullar. Este espaço passou por uma reforma, foi inaugurado no ano de 2018 e deveria servir como área de lazer para a comunidade. Neste local, é possível encontrar sacos de lixo, lama e os transeuntes podem sentir o cheiro de podre.

Em um outro ponto de lixo, há garrafas pet, papelão, lata velha, pneus, roupas sujas e restos de comida. O canteiro central dessa via também está servindo para descarte irregular de resíduos.

Fernanda Ferreira, de 21 anos, disse que a maioria desse material é jogado pelos populares, mesmo havendo contêineres na avenida. “Os moradores sabem o dia da coleta, mas mesmo assim, não deixam de jogar o lixo doméstico no meio da via. Isto acaba criando os lixões”, desabafou a moradora.

O outro morador, identificado como Marcos Firmino, de 56 anos, declarou que quando chove o lixo fica espalhado no meio da via e acaba dificultando até mesmo o trânsito como também é possível sentir o cheiro de podre dentro de casa. “Houve casos que jogaram animal morto e o cheiro ficou insuportável”, reclamou.

A rua Hemetério Leitão, denominada também de rua 6, no São Francisco, também é um dos pontos de lixões para o descarte de móveis apodrecidos, malas velhas, latas, garrafas, troncos de árvores, lama e entulho. Maria Rodrigues, de 53 anos, disse que não havia esse lixão, mas ao longo dos últimos meses começaram a jogar dejetos no local, principalmente, carroceiros.

Ainda segundo a moradora, pessoas de outras ruas também jogam lixo nessa localidade. “Os agentes de limpeza recolhem o lixo, mas, após alguns dias há um monte de material apodrecido. Isso faz um mal grande, principalmente, para os moradores idosos e crianças”, explicou Maria Rodrigues.

Recolhimento
O Comitê Gestor da Limpeza Urbana, da prefeitura de São Luís, informou na sexta-feira, 17, por meio de nota, que enviaria agentes de limpeza para recolher os resíduos na avenida Ferreira Gullar, na Ilhinha; e na rua Hemetério Leitão, no São Francisco, além de enviar equipes para monitorar a área, a fim de combater o descarte irregular.

A Prefeitura também informou que o órgão pede aos moradores destes bairros para que façam o descarte correto dos resíduos e fiquem atentos aos dias e horários da coleta, que está regular nas duas comunidades. Ressalta que materiais recicláveis e resíduos não coletados por meio do serviço de coleta convencional, como resíduos de construção civil e restos de poda e capina, móveis e eletrodomésticos fora de uso, devem ser descartados em um dos ecopontos já em funcionamento na capital, inclusive na região tem o Ecoponto São Francisco, localizado na avenida Ferreira Gullar, ao lado da Estação Elevatória da Caema.

O Comitê também afirmou que os ecopontos funcionam das 7h às 19h, de segunda-feira a sábado, e que em todos tem agentes de limpeza para explicar sobre o processo de separação de resíduos, caso algum morador precise da informação. Por fim, o Comitê orienta que denúncias ou reclamações podem ser realizadas por meio da Central de Atendimento: 0800 098 1636.

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