O Partido dos Trabalhadores (PT) na capital maranhense aguardará pela posse dos novos dirigentes nacionais do partido (prevista para o próximo dia 17), e a decisão acerca da direção no Maranhão (no dia 7 de fevereiro) para definir sobre sua participação nas eleições majoritárias este ano. A sigla, de acordo com dirigentes, poderá lançar candidatura própria nas eleições para prefeito de São Luís ou compor chapa com o PSB ou PCdoB.

Até o momento, o quadro é de total indefinição no partido. Ao contrário do que parecia ser a tendência, até a semana passada, de uma coligação com o PCdoB pelas conversas com o pré-candidato, Rubens Pereira Júnior, os problemas internos petistas (discussão nos bastidores quanto à liderança municipal e racha quanto à indicação de candidatos na capital a no interior) dificultam um consenso interno.

“Ainda não há uma posição definida”, disse Honorato Fernandes, presidente do Diretório Municipal do PT.

Nos bastidores, representantes mais experientes entendem que subir no palanque com o PCdoB pode representar, para o eleitor, um “enfraquecimento” do partido.

Além disso, o PT não seguiria orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, ao sair da prisão no fim do ano passado, disse que a sigla “deveria ter projetos próprios” nas capitais em 2020.

Caso lance candidatura própria, alguns nomes são cotados. Além do atual presidente da Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), Lawrence Melo, também são apontados o deputado federal Zé Carlos (PT), o deputado estadual Zé Inácio Lula (PT) e o vereador Honorato Fernandes.

Em 2016, o partido não lançou candidatura própria e preferiu integrar base de apoio do então candidato a reeleição, Edivaldo Holanda Júnior (PDT). O último projeto próprio do partido em São Luís para prefeitura foi em 2012.

Na ocasião, a sigla lançou o nome do ex-vice-governador do Maranhão, Washington Luiz, que ficou em quarto lugar nas eleições, com 11% dos votos válidos, atrás de Edivaldo Holanda Júnior (à época do PTC e vencedor do pleito no segundo turno), João Castelo (PSDB), e Eliziane Gama (na ocasião, do PPS).

Na última pesquisa estimulada de intenção, divulgada no fim do ano passado, nenhum representante do PT foi lembrado. Os defensores de projeto do PT defendem a tese de que o partido precisa “recuperar terreno” perdido nos últimos anos.

Apesar de ocupar o mais alto cargo do Executivo no país por 14 anos (com os dois mandatos do ex-presidente Lula e o período de permanência da ex-presidente, Dilma Rousseff) o PT não chegou perto de emplacar candidatura ao Executivo ludovicense.

Indefinições marcam
outras pré-candidaturas

Outros pré-candidatos na capital maranhense também enfrentam indefinições quanto às suas candidaturas. Um deles é Adriano Sarney (PV), que apesar de ter o seu nome chancelado pelo partido, ainda aguarda pelo MDB, para saber se a sigla lançará a ex-governadora Roseana Sarney como candidata.

Ainda que os dirigentes emedebistas lancem o nome de Roseana este ano, Adriano Sarney também poderia encabeçar projeto próprio.

O deputado estadual Yglésio Moyses está ainda sem partido, mas garante que vai entrar na disputa por São Luís em 2020.
Outro pré-candidato que ainda busca viabilidade é Duarte Júnior (PCdoB). Além do Solidariedade (SD), o deputado estadual e pré-candidato também negocia com o PRTB – partido que busca ampliar suas bases no Estado do Maranhão.

No último fim de semana, Duarte Júnior voltou a usar as redes sociais para garantir o seu projeto para São Luís este ano.
“A campanha ainda não começou, mas as fake news parecem não ter limites. Sou aliado e amigo do governador Flávio Dino e não há possibilidade de renúncia. Continuo firme e forte como pré-candidato à Prefeitura de São Luís”, escreveu em sua conta no Twitter.

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