Eleições 2020

PT fará encontro nos dias 1 e 2 de agosto para se posicionar sobre SL

Direção do partido na capital maranhense deve dar o aval para que sigla suba no mesmo palanque do PCdoB, ligado a Rubens Pereira Júnior

Thiago Bastos/ Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Com as possibilidades de aliança entre PT e PCdoB aumentando em São Luís, petista Honorato Fernandes deverá ser o vice na chapa de Rubens Jr.
Com as possibilidades de aliança entre PT e PCdoB aumentando em São Luís, petista Honorato Fernandes deverá ser o vice na chapa de Rubens Jr. (PT encontro honorato)

São Luís - Após divergências e jogo intenso de bastidores, o Partido dos Trabalhadores (PT) deve finalmente se posicionar no próximo dia 2 – quando está marcada a data da Executiva da sigla – sobre os rumos que tomará na eleição majoritária na capital maranhense. Nos bastidores, é dado como praticamente certo o acordo entre PT e PCdoB e de acordo com o que apurou O Estado, a tendência de momento é essa.

No entanto, internamente, alguns filiados à sigla tentarão no encontro retirar de pauta este posicionamento. A ideia destes defensores é que o PT – com base em orientação do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva – deve buscar protagonismo ao máximo nos projetos de candidatura para as eleições deste ano, especialmente nas capitais.

Um dos defensores da ideia de que o partido deve consolidar aliança com o PCdoB é o vereador Honorato Fernandes (PT). A O Estado, ele – cotado fortemente para uma possível indicação de vice na chapa de Rubens Júnior em São Luís – informou que oito em cada dez petistas querem o acordo com os comunistas. “Tudo leva a crer que a aliança será confirmada mesmo no dia 2”, disse.

Se confirmado o acordo, além do PT, o PCdoB teria em seu palanque o PP, o DC, o PMB (Partido da Mulher Brasileira) e o Cidadania. Devido à falta de consenso preliminar, o PT será um dos últimos partidos com estrutura a se posicionar no jogo político das próximas eleições na cidade.

Internamente, nomes como os do deputado estadual Zé Inácio Lula (PT), do deputado federal Zé Carlos (PT), além do próprio Honorato Fernandes e da militante petista, Cricielle Muniz eram cotados a serem lançados como projetos “próprios” do PT na capital. No entanto, a falta de lastro dos nomes, somada à pressão dos dirigentes pecebistas devem culminar com a aliança na cidade.

No dia 9 deste mês, a manifestação pública do presidente da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) e membro do PT, Lawrence Melo, à candidatura de Rubens Júnior dava o tom do que seriam os próximos passos do partido deste dia em diante. O fato gerou a divulgação por petistas mais reticentes à aliança com o PCdoB de uma nota em que o apoio de Lawrence a Rubens era criticada.

Encorpar?

Com a possível inserção do PT no projeto do PCdoB, aliados esperam que finalmente a candidatura de Rubens Júnior comece a ganhar musculatura. Analistas afirmam, com base nas últimas pesquisas, que o pré-candidato ainda não tem lastro suficiente para um eventual segundo turno.

Na nacional, PT não se manifesta sobre aliança

Em âmbito nacional, a direção do PT ainda não se manifestou abertamente sobre a possível aliança com o PCdoB em São Luís. O objetivo inicial era que o partido tivesse candidatura própria na cidade.

Internamente, caso enverede para aliança municipal, a sigla prefere que haja acordos com partidos de esquerda, e não com legendas do chamado “eixo centrão”, como DEM por exemplo. A iminente inserção do PT no projeto PCdoB também seria uma vitória para o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Além de defensor do projeto Rubens Júnior, Dino – sempre que pode – faz acenos ao PT.

A mudança de Dino para o PT chegou a ser cogitada no início do ano, no entanto, a declaração do ex-presidente Lula de que “jamais convidaria um membro do PCdoB para o PT” esfriou as pretensões. Aliados de Rubens Júnior entendem que o governador Flávio Dino pode ser o elo entre a imagem de Lula e do pré-candidato comunista.

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