Desemprego

Maranhão fracassou na geração de empregos no turismo em 2019

Enquanto o Brasil registrou alta de 330% no setor, estado perdeu quase mil vagas formais

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

Em 2019 o setor do turismo respondeu pela criação de cerca de 25 mil empregos formais em todo o país. De todos os 27 estados da federação, apenas seis registraram números negativos na geração de empregos formais no setor. Na contramão deste crescimento, o Maranhão perdeu 821 vagas formais no estado.

“Essa é uma informação aterrorizante. Temos um ex-presidente no governo e um ex-ministro do turismo na Câmara Federal. Como todo o Brasil cresce e o Maranhão cai na geração de emprego?”, reclamou o deputado César Pires (PV).

Em todo o Brasil o número reflete o crescimento de 330% segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

José Roberto Tadros, presidente da CNC, afirmou que os números refletem a recuperação do setor em todo o Brasil, em sintonia com a melhora gradual da economia do País. “Grande parte do bom desempenho do mercado de trabalho do turismo, acentuado no segundo semestre deste ano, reflete a estabilidade de preços, com a inflação em declínio, a diminuição das taxas de juros e o impacto favorável da liberação do FGTS sobre o consumo, além da estabilidade do dólar na maior parte do período”, afirma Tadros.

César Pires lamentou queda no emprego no turismo maranhense
César Pires lamentou queda no emprego no turismo maranhense

Para o deputado estadual César Pires, não há explicação cabível para que o Maranhão fique fora do crescimento no setor. “Temos riquezas naturais belíssimas, temos uma cultura linda e a mão-de-obra aqui é abundante. Como explicar que o todo o Brasil esteja crescendo e o Brasil caindo? Apenas incompetência explica essa situação vexatória”, afirmou.

Nordeste em queda

Apesar das circunstâncias propícias e da criação do Consórcio Nordeste para cooperação entre governadores, a região foi a única de todo o Brasil que registou mais demissões do que admissões em 2019.

Já o Maranhão está entre os quatro estados que mais perderam empregos com carteira assinada em 2019. Sendo que destes, três são do Nordeste. O Rio de Janeiro, governado por Wilson Witzel, foi o estado que mais perdeu vagas. Seguido por Ceará e Pernambuco.

O Sudeste regirou uma alta de quase 15 mil novos empregos com carteira assinada criados.

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