Atletismo

São Silvestre: bicampeão poderá superar o brasileiro Mailson

Dawit Admasu, que venceu a prova duas vezes, pode chegar ao tricampeonato e superar o brasileiro, segundo maior vencedor

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, a partir das 7h25min
Programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, a partir das 7h25min (SÃO SILVESTRE )

SÃO PAULO - Dawit Admasu é figurinha carimbada na Corrida Internacional de São Silvestre. O etíope naturalizado barenita vai participar da prova pela sexta vez e quer alcançar uma marca relevante. Com títulos em 2014 e 2017, ele pode igualar o brasileiro Marilson Gomes dos Santos, tricampeão e segundo maior vencedor entre os homens, atrás apenas de Paul Tergat, queniano pentacampeão.

A programação de largadas no dia 31 começará mais cedo, a partir das 7h25min, com a largada da categoria Cadeirantes. Em seguida, a partir das 7h40min, será a vez da Elite feminino, ficando para as 8h05min a Elite masculino, Pelotão C, Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral.

“Eu gosto desta corrida, participo dela há cinco anos. As pessoas que fazem a organização são boas. Então para mim é ótimo “, disse o etíope, que respondeu de bate-pronto ao ser perguntado sobre a sensação de vir ao Brasil anualmente.

“Me sinto em casa”, se resumiu em tom bem-humorado.

Em 2019, Admasu vem resultados expressivos, como o título da Corrida Internacional de Okpekpe, na Nigéria, além de vitórias em provas na China e no Catar. Mesmo competindo por Bahrein, o corredor que completou 24 anos neste domingo realiza a preparação na Etiópia, seu país natal.

Com domínio dos africanos, a São Silvestre não tem um vencedor brasileiro desde 2010, quando Marilson Gomes dos Santos levou a melhor. A forma de treinamento de Admasu, inclusive, indica um dos motivos para que quenianos e etíopes imponham um longo jejum de vitórias aos donos da casa.

“Eu me preparo na Etiópia, porque a altitude lá é superior a três mil metros. A preparação em altas atitudes é boa para correr longas distâncias”, apontou o competidor, antes de comentar sobre o calor paulistano e sua expectativa para a prova. “O Brasil é um país muito quente, não sei se vai estar quente na corrida, não sei se vou vencer, mas a preparação foi boa” finalizou.

A 95ª Corrida Internacional de São Silvestre é uma propriedade da Fundação Cásper Líbero/FCL, realização do site Gazeta Esportiva, com transmissão da TV Gazeta e da TV Globo. Apoio especial do Governo do Estado de São Paulo e da Prefeitura da Cidade de São Paulo. A supervisão técnica é da World Athletics (IAAF), CBAt, FPA e AIMS e a organização técnica da Yescom.

Maior premiação

Em vez do descanso no fim de ano, a busca para iniciar 2020 com mais dinheiro na conta bancária. A tradicional prova de São Silvestre será realizada na manhã desta terça-feira, em São Paulo, a partir das 7h40, com um incentivo extra para os competidores de elite. A competição aumentou em 2019 a premiação e vai distribuir R$ 461 mil para os dez primeiros colocados. Nenhuma outra prova de rua na América do Sul paga tão bem.

A organização da São Silvestre vai pagar as mesmas cifras tanto no masculino como no feminino. Os primeiros colocados de cada modalidade vão receber R$ 94 mil, ante R$ 90 mil do último ano. Mesmo outras provas do atletismo nacional com distância maiores do que os 15km da corrida paulistana não pagam tanto. A Maratona de São Paulo, por exemplo, premia com cerca de R$ 70 mil quem termina em primeiro lugar o percurso de 42km.

"São Silvestre é a prova que melhor paga na América do Sul. Talvez só a Meia Maratona da Colômbia seja comparável. Fora a tradição, tem o extra do prêmio", disse ao Estado o equatoriano Byron Piedra.
Parte da verba em premiação é garantida por patrocinadores e pela verba com as inscrições. Os mais de 35 mil participantes pagaram cada um R$ 197,50 de taxa. "Para uma prova que tem uma distância de 15 km, o prêmio é excelente", disse a argentina Daiana Ocampo, campeã da Maratona de Buenos Aires deste ano. "Como a corrida paga bem, consegue atrair atletas de bom nível de vários continentes. Estar aqui em São Paulo é importante para dividir com outros adversários o mesmo espaço e a mesma prova. Vale a experiência", afirmou a corredora.

A premiação motiva também os brasileiros. Alguns deles contam com o prêmio da própria São Silvestre e mais o bônus a ser pagos pelos patrocinadores de acordo com a posição alcançada. "Eu corro mais motivado porque o mesmo patrocínio que me traz para a São Silvestre, paga também por metas", disse o corredor Wellington Bezerra.

Visibilidade

Para quem vai encarar a corrida, a premiação alta não é o único incentivo. A repercussão de uma prova transmitida ao vivo pela televisão e bastante popular entre o público pesa bastante. "A premiação subiu muito nos últimos, é a maior da América do Sul. Mas para nós tem todo o ambiente. Eu costumo dizer que você pode ganhar uma medalha olímpica, mas se não ganhar a São Silvestre, não será reconhecido nas ruas", explicou o corredor Daniel Chaves da Silva
A 95ª edição da São Silvestre tem como novidade o recebimento do selo bronze da World Athletics. Isso confere à prova um reconhecimento aonda maior

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