O governador da Paraíba, João Azevêdo, e o ex-governador Ricardo Coutinho, foram alvos de nova fase da Operação Calvário, da Polícia Federal. Eles são acusados de chefiar uma quadrilha que desviou R$134,2 milhões de serviços de saúde e educação. Os dois eram tratados como aliados de primeira linha do governador Flávio Dino em uma possível aliança em 2022.

A investigação da qual Azevêdo e Coutinho são alvo identificou fraudes que podem ter desviado mais de R$ 120 milhões dos cofres públicos. O ex-governador Ricardo Coutinho teve mandato de prisão decretado. Em viagem ao exterior, Coutinho teve o nome vinculado na lista vermelha da Interpol. Ele é acusado de embolsar R$ 30 milhões com propinas repassadas pela Cruz Vermelha Brasileira.

A ex-secretária pessoal de Ricardo Coutinho, Livânia Farias, afirmou em delação premiada que o ex-governador manteve, por cinco anos, uma mesada de R$ 500 mil.

Desde março deste ano, o governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou movimentos de aproximação política de Azevêdo e Coutinho. Declarações do governador indicavam que a possibilidade de se filiar ao PSB para a formulação de uma candidatura nordestina era real.

“O que eu pretendo é ajudar, eventualmente sendo candidato. Com esse conjunto de partidos podemos defender sim uma candidatura nordestina, tenho conversado com João Azevedo, com Ricardo Coutinho, com Carlos Siqueira (presidente do PSB). São lideranças importantes e nossos amigos”.

Em julho o governador maranhense visitou pessoalmente o presidente do PSB em Brasília. O “namoro” entre Flávio Dino e a legenda foi amplamente divulgado pela imprensa nacional na época. l

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