Editorial

Ele chegou, o espírito natalino

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

O Natal já deu as caras e com ele chega junto o conhecido espírito natalino. Aquela vontade desmedida de ajudar, ser solidário, fazer o bem sem olhar a quem, ter paz no coração e boa vontade para ajudar a quem precisa, que faz com que as pessoas se unam por um bem maior. Que se interessem mais umas pelas outras e que queiram o melhor para todos.

A solidariedade aflora nos corações e, é nesta época, que as pessoas carentes recebem um pouco mais de atenção e de amor, pois são finalmente vistas e lembradas pela maioria. Isso é bom, mas seria bem melhor se o espírito natalino se estendesse por todo o ano, com ações contumazes, boa vontade e apoio às ações que já são realizadas em prol dos menos favorecidos.

Mas, como isso não acontece, é sempre bom, pelo menos, participar das campanhas abertas no período, para garantir, ainda que durante um pouco de tempo, o bem-estar de quem precisa, ainda que esse não seja o ideal para o verdadeiro espírito solidário.

As campanhas espalhadas pela cidade são as mais variadas. De doação de brinquedos a alimentos não perecíveis. Vale também auxiliar os carentes, contribuir com a festa de caridade da associação de moradores, visitar os asilos e dar um pouco de sua força e jovialidade para aqueles que já viveram este tempo. Mas valeria mais ainda se não fosse somente durante um período do ano, mas o ano todo.

Os sentimentos positivos atraem também quem não atribui nenhum significado religioso ao Natal, onde o período tem como significado apenas folga escolar ou do trabalho, quando as pessoas têm mais tempo de relaxar, ficar com familiares e amigos, ou se divertir.

Mas é sempre bom lembrar que Natal é o momento de honrar a Jesus Cristo e seu nascimento. Porque ele nasceu para mostrar a todos que a vida deve ser vivida para o bem e esse bem deve perdurar.

Infelizmente, a maioria das pessoas admite que os sentimentos dignos que o período produz, tem duração restrita e tão logo chega o novo ano, esses sentimentos se esvaem e as pessoas voltam a ser elas mesmas, sem a intromissão do espírito natalino para fazê-las se preocupar com aqueles que sofrem.

O ideal seria que o espírito natalino, este despertar da compaixão e solidariedade, durasse o ano inteiro, não fosse algo passageiro, que só acomete as pessoas uma vez por ano, quando ele está se encerrando.

Que durante o resto do tempo, todas as boas ações não acontecessem sempre à espera de receber algo em troca, como um investimento. Porque quando se faz o bem para alguém à espera de um pagamento, isso não é fazer o bem, não é solidariedade, é venda.

Repensar o espírito natalino dentro de cada coração seria o melhor presente que cada um pode dar a si neste fim de ano. Pensar, porque não ser solidário de verdade o ano inteiro e ajudar sempre sem esperar por nada? Por que esperar o fim do ano para se mostrar legal e bom samaritano?

Ser solidário uma vez por ano, pode até melhorar a autoestima, mas não torna as pessoas mais humanas. Principalmente quando, passado o período, todos voltam ao modo da indiferença a que estão acostumados. Vale a reflexão.

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