Editorial

13º salário está chegando

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Empregadores têm até o dia 30 deste mês para pagarem a primeira parcela do 13º salário e no dia 20 de dezembro, vence a segunda parcela. Quando chega esse período, muitas empresas têm dificuldade para cumprir o previsto em lei, que é o pagamento extra de gratificação natalina a seus empregados.

Dificuldade que se acentua principalmente para as empresas que não se prepararam durante o ano ou que têm sido bastante impactados pelos efeitos negativos da crise econômica que se abateu sobre o país nos últimos anos. E essa é uma situação muito comum nesse período para prefeituras.

Mas ao tempo em que o 13º salário é problemático para quem está com o caixa em nível de alerta ou mesmo no vermelho, é visto também como um valor bastante esperado, pois sempre há um aumento no consumo, o que de alguma forma favorece as empresas que tiveram que arcar com o pagamento do benefício a seus empregados.

Ou seja, é uma via de mão dupla; o empregador paga o 13º salário e tem o retorno do recurso na forma de aquisição de seus produtos e serviços por parte dos empregados.

E quem mais fica na expectativa em relação ao 13º salário é o setor de comércio. E não é para menos, afinal até dezembro serão injetados na economia brasileira R$ 214,6 bilhões. No Maranhão, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o montante a ser pago equivale a R$ 3 bilhões, em benefício de 1.688.295 trabalhadores do mercado formal (incluindo empregados domésticos) e aposentados e pensionistas.

No caso do Maranhão, para uma economia que depende muito do poder público, a injeção do valor de R$ 3 bilhões é, sem dúvida, terá um grande impacto nas vendas do varejo. Esse montante representa 3,1% do produto Interno Bruto (PIB) do estado.

E o otimismo de que esses recursos são importantes nesse momento ainda difícil da economia nacional vem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio/MA), que avalia a entrada de recursos do 13º salário a partir de novembro como uma injeção de ânimo e aquecimento da atividade comercial no estado, revertendo o ritmo lento de crescimento do volume de vendas observado ao longo deste ano.

Porém, é fundamental que o trabalhador, quando receber o 13º salário se planeje, não saia gastando por impulso, e isso é o que mais acontece hoje. Se tiver dívidas e puder quitá-las, é o melhor que se faz. E se puder poupar esse recurso com forma de compor uma reserva financeira, bem melhor ainda.

Um reserva que pode servir para emergências, ou mesmo para uma programada viagem, e ainda para despesas extras, típicas de início de ano, como mensalidades, fardamento e material escolares, pagamento de IPTU e IPVA, entre outros gastos.

Portanto, desde sua instituição legal em 1962, no governo do presidente João Goulart, por meio da lei nº 4.090, o 13º salário ganhou enorme importância na vida dos trabalhadores e também das empresas, pois ambos são beneficiados, e muito mais ainda para a economia, passando a ser um termômetro de aquecimento do consumo.

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