Operação Cifra Negra

Preso bando liderado por militares e suspeito de crimes no interior

Segundo polícia, grupo teria cometido série de homicídios, além de tráfico de drogas, porte ilegal de arma, prevaricação e exploração de jogo de azar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

SÃO LUÍS - Grupo criminoso, que tem como líderes policiais militares e guardas municipais, foi desarticulado, ontem, durante a operação Cifra Negra realizada na Baixada Maranhen­se, em São Luís e Mato Grosso. A polícia afirmou que esse bando é suspeito de uma série de homicídios, como também de tráfico de droga, porte ilegal de arma e munição, prevaricação e exploração de jogo de azar.

Na capital, foram presos Franciomar Costa Travassos, Luís de Jesus Pinto dos Passos, o Luís Matador, e o sargento da Polícia Militar, identificado como Walber Santos Costa. Em Viana, ocorreram as prisões do sargento Janilson Santos Correa; o soldado Cleomar Martins do Nascimento, Francisco Alves da Silva, o Chico Mototáxi; Jardson Sousa Jansen, o Zinho; José Nelson Pinto Pereira, o Caçula; Gilberlan Paiva, o Gil Mototáxi.

A polícia prendeu ainda Amarildo Machado Cutrim em Matinha e, em Penalva, Gilmar Viegas Moares e José Alan Borges. No estado do Mato Gros­so, foram presos Helton Melônio Pereira, o Eltinho, e Fábio Costa, o Fabinho Farmácia. No decorrer desse cerco policial, também foram apreendidos armamentos e munições de calibres diversos. Os policiais detidos ainda ontem foram encaminhados para o presídio militar, localizado na sede do Comando Geral da Militar, no Calhau.

Investigação

O superintendente da Polícia Civil do Interior (SPCI), delegado Guilherme Campelo, informou que uma força tarefa de policiais vinha investigando os passos desses quadrilheiros há seis meses. Ficou constatado que eles faziam parte de um grupo de extermínio que tinha como “cabeças” militares e guardas municipais.

Esse bando era acusado de realizar uma série de assassinatos, principalmente, em Viana, Matinha, Penalva e São Luís. Em menos de dois anos, eles são suspeitos de terem cometidos, pelo menos, oito homicídios na Baixada Maranhense e dois na capital maranhense. Ainda segundo o delegado, os militares, na maioria desses crimes, participaram diretamente ou proporcionaram apoio aos matadores.

O grupo criminoso também é suspeito de vender entorpecentes e realizar crimes de prevaricação e realização de jogo de azar. “Esses criminosos agiam com muita violência, intimidavam as vítimas e tentavam burlar a apuração dos crimes”, comentou o delegado.

Guilherme Campelo ainda declarou que durante a operação foram presas 14 pessoas e, entre elas, três militares, como também cumpridos 30 mandados de busca e apreensão. “As investigações vão continuam sendo realizadas pela polícia, pois, existe a possibilidade de haver mais envolvidos nessa empreitada criminosa, inclusive, militares”, afirmou o delegado.

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